15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológicos dos casos de sepse em um estado da Amazônia Ocidental no período de 2015 a 2019

Fundamentação/Introdução

A sepse é uma síndrome de alta prevalência, elevada morbimortalidade e altos custos, possuindo uma incidência de 600 mil casos a cada ano no Brasil, sendo responsáveis por 16,5% dos atestados de óbito emitidos no país. Tendo em vista a falta de estudos que apontem a situação na qual o estado de Rondônia se apresenta em relação a este quadro, surgiu o questionamento do estudo.

Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico dos casos de sepse no estado de Rondônia no período de janeiro 2015 a maio de 2019.

Delineamento e Métodos

O presente trabalho é um estudo de cunho descritivo, transversal, retrospectivo e de abordagem quantitativa.

Resultados

No período estudado, foram notificados 5.002 casos de sepse por todas as formas clínicas, no estado de Rondônia. Durante todo o período estudado o número de internações foram 1.341, 1.264, 1.124, 975, 298, de 2015 a 2019 (até maio) respectivamente. Os resultados apontaram maior frequência de casos no ano de 2015 (26,81%) e menor no ano de 2018 (19,5%), sendo que em 2019(5,96%) só existem informações até o mês de maio.
Constatou-se que a faixa etária mais atingida foi menor de um ano com 1.759 casos (35,16%), quando comparada a faixa etária de 1 a 4 anos com 161 casos (3,22%). Em indivíduos idosos (60 anos ou mais) foram vistos 1.628 casos (32,55%) e no adulto jovem (20 a 49 anos) 1.179 casos (23,6%).
O sexo masculino fora o mais afetado, totalizando 2.904 dos casos (58%) e o sexo feminino com 2.098 dos casos (42%).
Neste estudo, em relação a cor/raça, 1.650 (33%) são da cor parda e somente 48 dos casos (0,96%) se autodeclaram indígenas. Brancos, negros e amarelos totalizam 196, 49 e 185 casos respectivamente. A maior parte, 2.874 casos (57,46%), é caracterizada “sem informações”.
A taxa de mortalidade média do período estudado foi de 26,37% (1.319 óbitos), sendo que de 2015 a 2019 (até maio) as médias foram 20,06%, 26,74%, 25,53%, 31,59% e 39,26% respectivamente.

Conclusões/Considerações finais

Pela análise dos dados, no período de 2015 a 2019 verificou-se a alta prevalência de sepse no estado de Rondônia, considerado um grave problema de saúde pública, exigindo intervenções a respeito do quadro. Para diminuir o número de pessoas que morrem com sepse, é importante preveni-la e, uma vez presente, que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos o mais rápido possível, diminuir o tempo entre o início dos sintomas e o primeiro atendimento rápido e de forma coordenada no hospital pela equipe multidisciplinar.

Palavras-chave

Sepse
Rondônia
Septicemia

Área

Clínica Médica

Autores

Jânio Felipe Ribeiro de Souza, Alexandre Garcia Carvalho