15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Atualização do tratamento na fase inicial da pancreatite aguda: um artigo de revisão

Fundamentação/Introdução

A pancreatite aguda (PA) é uma inflamação aguda do pâncreas, na qual as enzimas digestivas pancreáticas são ativadas no parênquima do próprio órgão e na circulação sanguínea, podendo levar a uma resposta inflamatória sistêmica. Por apresentar alta morbidade e mortalidade, a PA é tema importante em emergência clínica.

Objetivos

Trazer atualizações do tratamento da fase inicial da pancreatite aguda segundo a diretriz de 2018 da Associação Americana de Gastroenterologia.

Delineamento e Métodos

O presente trabalho é uma revisão sistemática da Diretriz do Instituto Americano de Gastroenterologia sobre o tratamento inicial da pancreatite aguda.

Resultados

O diagnóstico requer ao menos duas das seguintes características: dor abdominal característica, evidência bioquímica (amilase ou lipase elevada maior que 3 vezes o limite superior do normal) e/ou evidência radiográfica.
Ainda que não abordado na diretriz, fora utilizado a Escala de Atlanta para avaliar a gravidade do quadro clínico do paciente.
Para evidência radiográfica, a escolha foi a tomografia computadorizada (TC) com contraste. Sua indicação seria nos pacientes com formas mais graves e/ou evolução desfavorável e/ou sintomas persistentes após 48/72h.
Sobre hidratação, a recomendação é que seja suficiente para restabelecer perfusão. A preferência é por solução cristaloide, evitando os coloides sintéticos.
A nutrição oral deve ter um início precoce ( 24 horas) e caso haja dificuldade, por parte do paciente, na ingesta de alimentos por causa de vômitos, deve-se tentar a via nasoentérica. A nutrição parenteral é reservada para quadros com dor e/ou vômitos refratários e impossibilidade total de nutrição enteral.
Não há recomendações do uso de antibióticos em profilaxia e em casos leves. Em quadros de necrose e piora da resposta inflamatória a recomendação seria administração de antibióticos (conforme resultado da cultura) via punção guiada por TC.
Sobre o tratamento da doença base, quando de etiologia alcoólica, deve-se suspender o uso. Em etiologias biliares, quando houver obstrução biliar junto a colangite grave, deve-se realizar drenagem urgente, percutânea ou endoscópica. Em casos de colelitíase sem obstrução e sem colangite grave, deve-se iniciar o tratamento clínico e realizar a colecistectomia antes da alta do paciente.

Conclusões/Considerações finais

Se não diagnosticada e tratada corretamente, a PA pode levar o paciente a óbito, logo, julga-se importante o conhecimento sobre atualizações a respeito do assunto.

Palavras-chave

Pancreatite Aguda
Pancreatite

Área

Clínica Médica

Autores

Jânio Felipe Ribeiro de Souza, Alexandre Carvalho Garcia, Bruna Eler de Almeida