15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO E ESPONDILITE ANQUILOSANTE: UMA RARA ASSOCIAÇÃO

Introdução/Fundamentos

Introdução/Fundamentos
Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, crônica, de etiologia desconhecida que afeta com maior frequência mulheres em idade fértil e acomete preferencialmente pele, articulações, pulmões, rins e sistema nervoso central. A espondilite anquilosante (EA) é uma doença crônica inflamatória do esqueleto axial que raramente está associada a doenças do tecido conjuntivo e se manifesta com dor lombar inflamatória, oligoartrite, entesite, acometimento ocular e apresenta positividade para HLA B27, ocorrendo mais frequentemente em homens jovens.

Objetivos

Objetivos
A associação de espondilite anquilosante (EA) com doenças do tecido conjuntivos são extremamente raras e apenas alguns casos foram publicados. Relatamos um caso raro da coexistência de LES e EA.

Caso

Caso
Feminina, 42 anos, portadora de lúpus cutâneo articular há 2 anos, em uso de metotrexate 20mg, hidroxicloroquina 400mg e prednisona 5mg com doença em remissão. Há um ano vem apresentando queixa de dor lombar com piora nos últimos meses. Relata dor lombar inflamatória, com agravo pela manhã e em períodos de repouso e melhora durante as atividades diárias. Baseado no padrão inflamatório da queixa, suspeitou-se de espondiloartrite, sendo, então, solicitado raio x de sacroilíacas que não demonstrou alterações. Devido à persistência dos sintomas, foi realizado ressonância de sacroilíacas que evidenciou presença de sacroileíte bilateral moderada com sinais de processo inflamatório agudo. Associado a esses achados, paciente ainda apresentou positividade para HLA-B27. Iniciado anti-inflamatório, com melhora dos sintomas.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais
A coexistência de LES e EA é raramente descrita na literatura com poucos casos relatados. Enquanto o LES ocorre geralmente em mulheres, a EA é frequentemente vista em homens. Assim como no caso relatado, a maioria dos casos de sobreposição de LES e EA são em mulheres, e os sintomas de LES tendem a preceder os da EA. Supõe-se que uma excepcional combinação de marcadores geneticamente determinados aumentaria o risco de desenvolver a associação de LES e EA. Devido a associação inusitada não existem dados epidemiológicos relativos ao exato risco genético para o desenvolvimento dessa rara associação.

Palavras-chave

Lúpus Eritematoso Sistêmico, Espondilite Anquilosante, Doença Autoimune.

Área

Clínica Médica

Autores

Anna Carolina Ribeiro de Oliveira, Rafaella Gaya Rosa, Lucas Emanuel Marzzani, Filipe Martins Mello, Ana Paula Pusch