15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PRINCIPAIS CAUSAS DE INAPTIDÃO CLÍNICA ENTRE CANDIDATOS A DOAÇÃO DE SANGUE EM UM SERVIÇO DE HEMOTERAPIA DO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL

Fundamentação/Introdução

O esforço para reduzir os riscos relacionados à transfusão de sangue no que se refere à transmissão de doenças, tem intensificado a seleção de doadores em condições adequadas de saúde. A etapa de triagem clínica tem por objetivo proteger tanto os doadores de sangue quanto os pacientes que vão receber os hemocomponentes. Segundo critérios definidos pelo Ministério da Saúde, a triagem clínica consiste na avaliação clínica e epidemiológica do estado atual de saúde, dos hábitos e comportamentos do candidato à doação. Após a entrevista, há dois tipos de declaração de inaptidão do candidato: “Inaptidão definitiva: estados que geram impossibilidade permanente de doar sangue” e “Inaptidão temporária: estados que, enquanto presentes não permitem a doação; no momento em que eles deixam de existir, ou algum tempo depois, a doação pode ser realizada”.

Objetivos

Avaliar as principais causas de inaptidão clínica entre os candidatos a doação de sangue em um serviço de hemoterapia.

Delineamento e Métodos

Estudo exploratório, retrospectivo e descritivo com abordagem quantitativa das causas de inaptidão clínica dos candidatos a doação de sangue. no mês de março de 2019, identificados durante a triagem clínica em um serviço de hemoterapia.

Resultados

Analisou-se um total de 256 candidatos a doação considerados inaptos na triagem clínica. Destes 104 (40,6%) homens e 152 (59,4%) mulheres. Quanto a idade 249 (97,3%) tinham entre 18 e 59 anos e 7 (2,7%) com 60 anos ou mais. Quanto a forma de doação 147 (57,4%) declararam como primeira doação e 109 (42,6%) como de repetição. Doação espontânea (voluntária) foram 107 (41,7%) candidatos e 149 (58,2%) doação de reposição.
Das causas de inaptidão 54 candidatos a doação (21%) apresentaram nível de hematócrito abaixo do limite para doação, seguido de uso de medicamentos contínuos 34 (13,2%), quadro gripal 28 (10,9%), comportamento sexual de risco 24 (9,3%), piercing e tatuagem 17 (6,6%) e presença de febre 11 (4,2%) candidatos. Outros fatores relevantes como DSTs e uso de drogas estiveram presentes em 6 (2,3%) e 4 (1,5%), respectivamente. Cárcere privado, doença autoimune, tratamento dentário, viagem para locais de risco e câncer perfazem 5 (1,9%) candidatos a doação.

Conclusões/Considerações finais

As causas mais prevalentes de inaptidão clínica foram os níveis de hematócrito baixo, uso de medicamentos contínuos, quadros gripais e comportamento sexual de risco. Percebe-se, assim, que as formas de inaptidão temporárias foram mais preponderantes.

Palavras-chave

Inaptidão Clínica, doação de sangue, hemoterapia.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade de Passo Fundo - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Thamyze Mânica Martio, Letícia Cichocki Iuhniseki, Luciana Bertelli Dagostini, Jaqueline Soldá Palaoro, Cristiane da Silva Rodrigues de Araújo