15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PERFIL DE PACIENTES IDOSOS VÍTIMAS DE TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA

Fundamentação/Introdução

Traumatismos cranioencefálicos em idosos, desencadeados em grande prevalência por quedas, são eventos recorrentes que cursam com alta morbimortalidade e demandam cuidados em saúde avançados.

Objetivos

Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes idosos, vítimas de trauma, que sofreram traumatismo cranioencefálico admitidos nas Unidades de Terapia Intensiva.

Delineamento e Métodos

O desenho de estudo desta pesquisa foi coorte prospectiva. Incluímos os pacientes com 60 anos ou mais, vítimas de trauma, com traumatismo cranioencefálico, de ambos os sexos, admitidos nas Unidades de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Cajuru de Curitiba-PR, de julho de 2018 a fevereiro de 2019. Os dados foram tabulados e analisados com auxílio do software Microsoft Excel 2013.

Resultados

Foram analisados dados de prontuários de 24 pacientes, sendo 15 do sexo masculino (62,5%), e a idade média foi de 74,2 anos. A queda de mesmo nível foi o principal mecanismo de trauma, somando 11 pacientes (45,8%). A média do tempo de estadia na UTI foi de 8,6 dias e 28,3 dias a média de internação total. 16 pacientes (66,6%) possuíam comorbidades prévias e 79,1% apresentou algum tipo de complicação intra-hospitalar, sendo pneumonia a mais prevalente (25%). 14 pacientes (58,3%) necessitaram de algum tipo de intervenção cirúrgica e dessa forma a mais evidenciada foi a drenagem de hematoma cerebral (29,1%). Do total, 45,8% portavam TCE grave na admissão e o Hematoma Subdural mostrou-se a alteração mais frequente encontrada no exame de imagem (58,3%). 14 pacientes (58,3%) evoluíram a óbito, 25% receberam alta com algum tipo de sequela e 16,6% sem sequela alguma.

Conclusões/Considerações finais

O traumatismo cranioencefálico é um problema grave, mostrando nesta população estudada uma mortalidade de 58,3%. Além disso, as complicações decorrentes das internações também somaram um número expressivo (79,1%), evidenciando quão grave o quadro se faz. Apesar da amostra deste estudo ser pequena, os dados obtidos confirmam as outras literaturas e chamam atenção para este problema que se faz tão prevalente. Precisa-se compreender melhor esta população para poder fornecer atendimento de qualidade e suporte eficaz, no entanto para isso mais estudos acerca do tema com uma quantidade de pacientes mais expressiva são necessários.

Palavras-chave

Idosos, Terapia Intensiva, Traumatismo Cranioencefálico, Mortalidade

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Universitário Cajuru - Paraná - Brasil

Autores

Aline Vaz Borges, Fernando Lucas Soares, Matheus Vieira dos Santos, Paula Geraldes David Joao , Camila Joviano Gomes, Julia Kranich