Dados do Trabalho
Título
FASCIÍTE NECROSANTE PÓS CIRÚRGICA EM PACIENTE IDOSO: UM RELATO DE CASO
Introdução/Fundamentos
Introdução/Fundamentação: A Fasciíte Necrosante é uma infecção grave, com ínicio súbito, evolução progressiva e alta taxa de mortalidade (13%-76%). Os agentes etiológicos mais comuns são Estreptococos do grupo A e uma flora facultativa e anaeróbia mista. A incidência é de 0,3 a 15 casos por 100.000 habitantes.
Objetivos
Objetivos: Relatar o caso de um paciente portador de Fasciíte Necrosante.
Caso
Caso: Paciente, sexo masculino, 81 anos, há 4 anos em acompanhamento para Hiperplasia Prostática Benigna e em uso de Doxazosina. No mês de junho de 2018, apresentou intensa dificuldade miccional causada pelo crescimento prostático. Foi submetido a uma prostatectomia total. Teve uma boa evolução no pós-cirúrgico, porém, dois meses após, começou a apresentar progressivamente dor lancinante em região pélvica e adutora das coxas, aumentando de intensidade, causando forte desconforto para deambular e para sentar. Além disso, apresentou edema no escroto e drenagem purulenta na ferida operatória. Consultou e foi diagnosticado com Fasciíte Necrosante pós-cirúrgica com abscesso pélvico, sendo submetido à laparotomia exploradora de urgência. Ficou internado desde então e, com a piora do quadro clínico da infeção, foi submetido a cirurgia para abrir a região inferior do escroto. Esse procedimento foi realizado com o intuito de fechar a lesão por 3ª intenção. A lesão foi higienizada no seu interior com soro fisiológico, aplicado óleo de girassol (Dersani) e feito o curativo, bem como a ferida operatória abdominal, que também recebeu estes cuidados. Fazia uso de sonda vesical de demora, fazendo fisioterapia, recebendo antibioticoterapia e Morfina. Relata bem-estar, nega sintomas anteriores.
Conclusões/Considerações finais
Conclusões/Considerações finais: A fasciíte necrosante é uma infecção dos tecidos moles profundos que resulta na destruição da fáscia e do tecido subcutâneo. Pode surgir no local de um traumatismo mínimo ou de uma incisão operatória, associado também à varicela, parto, ou distensão muscular. Tem-se como fatores de risco: Diabetes Melito, doença hepática ou renal e neoplasias malignas. Clinicamente destacam-se: dor intensa, edema grave, rápida progressão e resposta pobre à antibioticoterapia. A conduta inicial envolve estabilização do paciente e terapia antimicrobiana empírica de amplo espectro e o tratamento cirúrgico consiste em desbridamento da pele, o qual é o mais importante e determina o resultado do tratamento.
Palavras-chave
Palavras-chave: Fasciite Necrosante, Cirurgia Geral, Epidemiologia
Área
Clínica Médica
Autores
Karoline Kuczynski, Camila Caldeira Simões, Laura Ribeiro Teixeira, Tassiane Moro, Mileni Werlang