15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Avaliação da qualidade do sono e obesidade em acadêmicos de medicina

Fundamentação/Introdução

A curta duração do sono está associada à obesidade, hiperglicemia e alterações metabólicas adversas sendo crescente os estudos que demonstram a relação entre o excesso de peso e obesidade e a redução na duração do sono e aumento das queixas de sono.

Objetivos

Identificar a prevalência de obesidade e sobrepeso; e avaliar a qualidade de sono de sono dos acadêmicos de medicina

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo quantitativo e transversal realizado em acadêmicos de medicina de uma universidade em Sergipe. Foram submetidos à avaliação antropométrica (peso e altura) e responderam o questionário Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) que avalia a qualidade de sono. A análise dos dados foi feita pelo programa R Core Team 2019.

Resultados

Participaram 298 alunos, divididos em 1º, 3º e 6º ano do curso. Sendo a amostra composta por 103 (35,6%) participantes do sexo masculino e 186 (64,4%) do sexo feminino, com idade média de 22,6 anos (p < 0,001). E, ainda, que 9 (3,3%) encontravam-se abaixo do peso, 188 (69,1%) no peso ideal, 61 (22,4%) sobrepeso e 14 (5,1%) com obesidade. Sobre a qualidade do sono, 57 (19,8%) obtiveram bom índice, 189 (65,6%) tiveram sono de qualidade ruim e 42 (14,6%) cursaram com distúrbio de sono. A respeito do 1º ano, 5 (4,6%) se encontravam abaixo do peso ideal, 78 (71,6%) no peso ideal, 20 (20,2%) sobrepeso e 4 (3,7%) com obesidade. Ademais, 20 (18,3%) alcançaram boa qualidade de sono, 72 (66,1%) ruim e 17 (15,6%) distúrbio do sono. Referente ao 2º ano, 4 (4,7%) estavam abaixo do peso, 56 (65,9%) peso ideal, 19 (22,4%) sobrepeso e 6 (7,1%) com obesidade, outrossim, 18 (19,8%) apresentaram boa qualidade do sono, 61 (67%) ruim e 12 (13,2%) distúrbio do sono. Relativo ao 3º ano, ninguém estava abaixo do peso, 54 (70,1%) tiveram o peso ideal, 19 (24,7%) sobrepeso e 4 (7,2%) com obesidade. A qualidade do sono foi considerada boa em 19 (21,8%), ruim em 56 (64,4%) e com distúrbio do sono em 12 (13,8%).

Conclusões/Considerações finais

Observou-se que os percentuais de estudantes com sobrepeso foram maiores no 1º ano (p < 0,517) e os de obesidade na metade do curso. Em relação ao índice de qualidade do sono, foi expressivamente ruim em todos os anos do curso. Ademais, o 1ª ano apresentou os maiores percentuais de distúrbio (p < 0,075). Já os de melhor índice de sono, não sofreram alterações significativas entres os anos. Sendo assim, é notório a necessidade de uma intervenção durante os primeiros anos do curso a fim de reduzir os índices de obesidade, transtornos psíquicos e do sono.

Palavras-chave

Estudantes de medicina; sono; obesidade.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil

Autores

Elisandra de Carvalho Nascimento, Marília de Lima Mota, Bárbara Ramos Leite, Thaís Francielle Santana Vieira, Ingrid Cristiane Pereira Gomes