Dados do Trabalho

Título

DIABETES MELLITUS TIPO I: PREVALÊNCIA EM DUAS CIDADES NO SUDOESTE DO PARANÁ

Fundamentação/Introdução

Alguns fatores como desordens na regulação do sistema imune podem desencadear um processo destruitivo contra as células Beta pancreáticas, gerando o Diabetes Mellitus do Tipo 1 (DM1). Estima-se que, no mundo, existem mais de um milhão de crianças e adolescentes com DM1, sendo que o Brasil ocupa o terceiro lugar em número de pacientes com essa patologia.

Objetivos

Foi realizado um estudo de prevalência, no ano de 2017 nas cidades de São João (PR) e Capanema (PR), a fim de estudar os casos de DM1 quanto a incidência da doença e de suas complicações.

Delineamento e Métodos

O estudo foi realizado utilizando-se dados secundários a partir do relatório PPDC (Plano Preventivo de Defesa Civil), realizado pela Secretária de Saúde do município de São João (PR), que contou com a participação de 5586 pacientes de ambos os sexos, no ano de 2017. Na cidade de Capanema (PR), foi realizada análise do relatório CID (Classificação Internacional de Doenças), que contou com 184 pacientes do sexo masculino e 297 do sexo feminino, acompanhados no Posto de Saúde Central do município, também do ano de 2017.

Resultados

De acordo com dados obtidos a partir do relatório PPDC, 5.586 pacientes foram registrados segundo as patologias. Dentre eles, 296 pacientes tem Diabetes Mellitus (DM) e destes, 1,24% apresentam DM1. Em conformidade com o relatório CID composto por 184 pacientes do sexo masculino e pertecentes ao grupo de doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas do município de Capanema-PR, 100 pacientes apresentam DM. Destes, 13,6% são portadores de DM1. O mesmo relatório aponta a incidência da doença entre as mulheres. Do total de 297 pacientes, 173 tem DM e destas, 17,85% apresentam DM1. Entre as complicações do DM1, 1,35% corresponde as renais, 0,67% circulatórias periféricas, 0,34% complicações múltiplas e 0,4% oftálmicas.
O presente estudo demonstrou variações em relação às prevalências encontradas nas duas cidades. De acordo com outros estudos literários, a incidência do DM1, no geral, mostra acentuada variação geográfica, apresentando taxas 38,4% na Finlândia, 7,6% no Brasil e 0,5% na Coreia, por exemplo. A doença se mostrou mais prevalente em mulheres, o que diverge de grande parte dos estudos já realizados, que postulam que a doença se apresenta igualmente em ambos os sexos.

Conclusões/Considerações finais

De maneira geral, o presente estudo demonstrou ser indispensável o acompanhamento médico no tratamento de pacientes com DM1, assim como a importância de uma abordagem multiprofissional.

Palavras-chave

Diabetes tipo 1; Autoimune; Complicações; Epidemiologia.

Área

Clínica Médica