Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM ARAGUAÍNA-TO DE 2013 A 2017

Fundamentação/Introdução

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa e de notificação compulsória, e representa um importante problema na saúde pública do país. A detecção precoce evita incapacidades que podem surgir do acometimento nervoso, portanto a avaliação rigorosa de lesões cutâneas deve ser sempre realizada em pacientes que apresentem essa queixa.

Objetivos

Avaliar o perfil epidemiológico da hanseníase em uma Unidade Básica de Saúde de Araguaína – Tocantins, conforme variáveis quantitativas e qualitativas.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo descritivo, retrospectivo de casos de hanseníase em Araguaína-TO, no período de 2013 a 2017, obtidos através do registro dos casos nos documentos da unidade básica de saúde (UBS).

Resultados

Foram diagnosticados 58 casos de hanseníase no período de 2013 a 2017, sendo a prevalência entre os sexos igual, com 29 casos diagnosticados para cada. Durante este período a faixa etária mais acometida foi a de 20 a 34 anos (38% do total de casos). No sexo masculino, a maior parte dos casos foi classificada como multibacilar (65,5%) enquanto no sexo feminino a maior parte dos casos foi classificada como paucibacilar (55,2%). Na união dos dois grupos, a forma clínica prevalente foi a dimorfa, com 22 casos (37,9%), seguida respectivamente pelas formas tuberculóide com 18 (31,1%), virchowiana com 10 (17,2%) e indeterminada com 8 casos (13,8%). O número de lesões apresentou-se de modo heterogêneo, com 34 pacientes apresentando até 5 lesões de pele (58,7%); 6 a 10 lesões foram registrados em 17 pacientes (29,3%), enquanto mais de 10 lesões em 7 pacientes (12%). O acometimento dos troncos nervosos não foi observado na maior parte dos casos (82,8%), no entanto foram registrados o acometimento de apenas 1 tronco nervoso em 10,3%; 2 troncos acometidos em 1,7% e em 6 troncos nervosos acometidos em 5,2% dos pacientes. Quanto ao grau de incapacidade 84,5% foram classificados como grau 0 de incapacidade; 5,2% foram classificados com grau 1; 8,6% como grau 2 e 1,7% como grau 3 de incapacidade.

Conclusões/Considerações finais

A hanseníase é uma doença endêmica no estado do Tocantins, refletindo certa precariedade nas políticas de saúde no estado. O acompanhamento médico e psicológico é importante, e visa inserir o indivíduo ativamente nas atividades comunitárias. As UBS devem estar preparadas para orientar os seus usuários na detecção de alterações da pele a fim de facilitar a busca médica precoce e instituição da terapêutica adequada.

Palavras-chave

Hanseníase. Notificação compulsória. Perfil epidemiológico.

Área

Clínica Médica