Dados do Trabalho

Título

PERFIL CLÍNICO E ANGIOGRÁFICO DOS PACIENTES ATENDIDOS COM SÍNDROME CORONARIANA AGUDA EM UM HOSPITAL DO SUL DE SANTA CATARINA

Fundamentação/Introdução

As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte em todo o mundo, sendo responsável por 15 milhões de mortes em 2015 segundo a Organização Mundial de Saúde. O aumento da prevalência das doenças cerebrovasculares e as isquêmicas do miocárdio, com o envelhecimento populacional, fez com que a cineangiocoronariografia e a intervenção coronária percutânea (ICP) adquirissem importante papel no diagnóstico e tratamento destas enfermidades. No Brasil, em 2017, foram realizadas 85.120 ICPs, no estado de Santa Catarina 4.833 e no município de Tubarão-SC 625.

Objetivos

Traçar o perfil clínico e angiográfico dos pacientes atendidos com síndrome coronariana aguda e que foram submetidos à cineangiocoronariografia de urgência em um hospital do sul de Santa Catarina.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo qualitativo, observacional com delineamento transversal, retrospectivo dos dados referentes aos prontuários de pacientes atendidos com síndrome coronariana aguda e que realizaram angiografia coronária de urgência na emergência do hospital, no período de 2014 a 2017.

Resultados

Dos 277 prontuários incluídos no estudo, 72,6% dos pacientes eram do sexo masculino, com média de idade de 60,9±10,7 anos. A etnia mais prevalente foi a caucasiana com 95,7%. Com relação às características clínicas, 83,4% apresentaram dor típica no atendimento inicial, 83,8% supradesnivelamento de ST e 93,9% elevação de marcadores cardíacos. Das características angiográficas, 38,9% apresentavam lesão uniarterial, sendo a artéria descendente anterior a mais acometida (41,2%), seguida pela coronária direita (32,1%). Na comparação entre casos de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento de ST (IAMCSST) VS sem supradesnivelamento de ST, observou-se, com significância estatística, que: nos pacientes com IAMCST houve predomínio de gênero masculino (odds ratio 2.000 / IC 95% 1,027-3,894 / p 0,039), a média de idade foi inferior (60,3±10,7vs67,2±10,7 / OR 0.968 / IC 95% 0,938 – 0,998 / p 0,036).Com relação ao tratamento realizado, 180 pacientes realizaram intervenção coronária percutânea primária, na qual predominou a artéria descendente anterior e o uso de apenas um Stent (61,1%), o local de punção mais utilizado para o procedimento foi a artéria femoral (78,8%) e, 65,0% dos pacientes foram para a ICP primária entre 91 e 360 minutos.

Conclusões/Considerações finais

É necessário criar estratégias para estruturar a linha de cuidados, melhorar a eficácia do tratamento e minimizar os desfechos adversos.

Palavras-chave

Síndrome Coronariana Aguda; Intervenção Coronária Percutânea; Infarto do Miocárdio.

Área

Clínica Médica