15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Mesotelioma peritoneal maligno: uma revisão literária

Fundamentação/Introdução

O Mesotelioma Peritoneal Maligno (MPM) é um tipo raro de câncer, com incidência de um a dois casos para 1.000.000 de habitantes. O envolvimento pleural e peritoneal simultâneo ocorre em 30-45% dos casos, enquanto que a doença confinada ao peritônio limita-se a 10-20% dos doentes com mesotelioma. Consiste em uma neoplasia altamente agressiva, que pode ter origem ambiental ou ocupacional, principalmente pela inalação ou ingestão de fibras de amianto.
A doença que acomete a membrana peritoneal gera, na maioria dos pacientes, ascite, dor abdominal, perda de peso e presença de massa abdominal. O diagnóstico padrão-ouro se faz com a biópsia por via laparoscópica com posterior imunohistoquímica.
A revisão literária desta doença incomum tem como objetivo conhecer melhor seus fatores de risco, diagnóstico, tratamento e prognóstico.

Objetivos

Ilustrar por meio de revisão bibliográfica o aspecto clínico do MPM. As informações podem ser úteis para toda a equipe médica, assim como orientar no seguimento adequado dos pacientes acometidos.

Delineamento e Métodos

Pesquisa nas bases de dado Scielo e Pubmed. O site do INCA e do Ministério da Saúde também foram consultados, a fim de apresentar diretrizes atualizadas sobre o manejo de tumores abdominais raros. Selecionamos artigos publicados nos últimos 10 anos, em português. Os descritores utilizados foram: mesotelioma, mesotelioma maligno, tumor abdominal raro, tumor abdominal maligno, revisão sobre mesotelioma, prognóstico do mesotelioma. Dez artigos foram selecionados.3

Resultados

Há concordâncias relacionadas ao fato de que a maioria dos casos de MPM não são notificados devido à sua raridade, ao desconhecimento por muitos profissionais e por seu diagnóstico tardio. Alguns citam que a omissão da ocupação profissional do paciente no prontuário prejudica o diagnóstico precoce baseado na epidemiologia. Há a concordância de que os sinais e sintomas iniciais do MPM são inespecíficos, ocasionando em diagnóstico tardio e pior prognóstico. Consequentemente, o tratamento é paliativo, visto que é um tumor pouco sensível à quimioterapia e radioterapia e possui alta capacidade de invasão local.

Conclusões/Considerações finais

O diagnóstico de MPM é difícil por ser uma doença rara e de apresentação clínica inespecífica. A suspeita clínica e história de exposição a asbesto podem sugeri-lo, sendo o diagnóstico definitivo obtido através de biópsia peritoneal por laparoscopia.
São necessários mais estudos acerca do MPM para tornar o diagnóstico mais precoce e o prognóstico mais favorável.

Palavras-chave

mesotelioma, mesotelioma maligno, tumor abdominal raro, tumor abdominal maligno

Área

Clínica Médica

Autores

Hortência Gomes da Silveira, Bethania Oliveira Andrade Fortuna Parrela, Fernanda Daldegan dos Santos, Lucianna Fonseca Barreto, Érica Godinho Menezes