15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Prevalência e perfil epidemiológico da sífilis na região do Meio Oeste de Santa Catarina

Fundamentação/Introdução

A sífilis é uma doença infecciosa de alta prevalência que está em aumento constante nos últimos anos e por sua importância passou a ser de notificação obrigatória, sendo dividida em sífilis congênita, sífilis em gestante e sífilis adquirida.

Objetivos

Analisar a prevalência de casos notificados de sífilis adquirida e sífilis gestacional no período de 2014 a 2017 na microrregião do Meio Oeste de Santa Catarina e descrever as características epidemiológicas nessa população.

Delineamento e Métodos

Estudo de natureza descritiva com embasamento teórico e abordagem quanti-qualitativa, retrospectivo e observacional, realizado na região do meio oeste de Santa Catarina. A população foi composta por 943 casos confirmados de sífilis adquirida e sífilis em gestantes, registrados através de fichas de notificação compulsória no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), a partir do programa TabWin, fornecidos pela 7ª Regional de Saúde de Santa Catarina, no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2017. Foram excluídas da amostra as fichas de notificação de sífilis congênita e os casos descartados. As informações analisadas incluem sexo, faixa etária, raça, escolaridade, zona de moradia e período gestacional de diagnóstico se gestante.

Resultados

No período de janeiro de 2014 a dezembro de 2017 foram obtidas 943 fichas para estudo, das quais 791 fichas eram de sífilis adquirida (83,8%) e 152 eram de sífilis na gestação (16,1%). Houve aumento de 283% dos casos notificados de sífilis em adultos na região do Meio Oeste de Santa Catarina nestes quatro anos. A taxa de detecção de sífilis adquirida por 100 mil habitantes em 2017 foi de 171,39 casos. Nos casos de sífilis gestacional observou-se maior proporção de diagnóstico no primeiro trimestre (48,03%), que se manteve nos quatro anos analisados.

Conclusões/Considerações finais

Conclui-se que o perfil epidemiológico mais susceptível à sífilis adquirida é do sexo masculino, na faixa etária de 18 a 29 anos, raça branca, com ensino fundamental incompleto, residente na área urbana. Já o perfil mais susceptível à sífilis gestacional é representado por uma mulher gestante, na faixa etária de 18 a 29 anos, de raça branca, com ensino fundamental incompleto e residente na área urbana. Com isso, é necessária a adoção de métodos de prevenção, diagnóstico e tratamento precoces para tentar interromper a cadeia de transmissão da sífilis e imprescindível a notificação correta desse agravo, tanto para o sistema de saúde quanto para a vigilância epidemiológica.

Palavras-chave

Sífilis. Prevalência. Saúde Pública. Epidemiologia.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Oeste de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil

Autores

Emeli Franco, Ana Carolina Broco, Lilian Tania Amorim