15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Reanimação neonatal: incidência em hospital de referência da região Norte

Fundamentação/Introdução

Cerca de cinco milhões de mortes neonatais acontecem no mundo anualmente durante o nascimento, no qual frequentemente são exigidas manobras de reanimação para preservar a vida do recém-nascido (RN). Dessa forma, à equipe de saúde, é importante o domínio das técnicas de reanimação neonatal, bem como o conhecimento sobre índices de reanimação regionais, destacando-se a região Norte, que possui taxa de mortalidade neonatal precoce superior à média brasileira, evidenciando a necessidade de estudá-la nesse tema.

Objetivos

Determinar a incidência de reanimação ao nascimento em hospital de referência em atendimento materno-infantil na região Norte.

Delineamento e Métodos

Após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição onde se desenvolveu o trabalho, foi realizado um estudo quantitativo, observacional, descritivo e retrospectivo. A partir de prontuários eletrônicos, a coleta de dados incluiu todos os neonatos nascidos no referido hospital no período de 01 de janeiro de 2018 a 30 de junho de 2018 que necessitaram de reanimação em sala de parto, sendo excluídos do estudo os casos de natimortos e de RN’s que nasceram em outras instituições e foram encaminhados posteriormente ao hospital da pesquisa. Os resultados foram expressos por meio do software Microsoft Excel® 2013.

Resultados

Dos 4.676 nascidos, 745 foram reanimados em sala de parto, correspondendo à incidência de 15,93%, a qual é mais de 50% superior à incidência estimada no mundo. Entre os reanimados, 56,51% necessitaram apenas de ventilação com pressão positiva (VPP). Por outro lado, de todos os RN’s, 5,82% precisaram de manobras de reanimação com intubação orotraqueal (IOT), valendo ressaltar que, nacional e mundialmente, a necessidade de IOT estimada é de apenas 1%. Dos neonatos reanimados, 3,89% receberam massagem cardíaca, e o mesmo percentual foi encontrado para a administração de adrenalina durante a reanimação. Foi observado, também, que 52,75% dos reanimados nasceram com idade gestacional (IG) < 37 semanas, 42,95% pequenos para a IG (PIG) e 59,87% nasceram de parto cesáreo, dados em conformidade com fatores de risco já destacados por outros estudos.

Conclusões/Considerações finais

A incidência de reanimação ao nascimento foi de 15,93%. Além disso, os dados encontrados no hospital de referência da região são maiores se comparados às estimativas nacionais e globais. Portanto, mais pesquisas sobre o tema devem ser realizadas na região Norte, a fim de estabelecer perfil gestacional de risco e prevenir a necessidade de reanimação neonatal.

Palavras-chave

Medicina de Emergência Pediátrica; Reanimação Cardiopulmonar; Recém-Nascido.

Área

Clínica Médica

Instituições

FSCMP - Pará - Brasil, LAUEP - Pará - Brasil, UEPA - Pará - Brasil

Autores

Giovana Fischer Neto, Andreza Cristina Souza Do Espírito Santo, Rebeca Andrade Ferraz, Marina Gabay Moreira, Nathalia Barroso Acatauassú Ferreira