15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DA REGIÃO TOCANTINA

Fundamentação/Introdução

A Insuficiência Cardíaca (IC) é caracterizada por uma inabilidade dos ventrículos se encherem e se esvaziarem de sangue adequadamente e é responsável por pelo menos 20% das internações entre pacientes com mais de 65 anos de idade. Os pacientes diagnosticados com IC apresentam uma limitação gradual funcional como consequência da própria fisiopatologia da doença que a torna com prognóstico reservado e que, consequentemente, vem impactar na qualidade de vida e reabilitação desses indivíduos. Vale lembrar que por trás da IC estão entidades extremamente comuns, como a hipertensão arterial sistêmica, a doença coronariana, além de outras como disfunções valvares, diabetes mellitus e doença de Chagas.

Objetivos

Avaliar a qualidade de vida dos pacientes portadores de Insuficiência Cardíaca internados na enfermaria de cardiologia de um hospital de referência de Imperatriz-MA, verificando a relação entre o perfil clínico e epidemiológico, a fração de ejeção e a qualidade de vida.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo, transversal e quantitativo que visa avaliar a qualidade de vida em uma população específica, utilizando o questionário de Avaliação da Qualidade de Vida do Medical Outcome Study Short Form 36 (SF36), que avalia os domínios capacidade funcional, estado geral, dor, vitalidade, limitação por aspectos físicos, saúde mental, aspectos sociais e emocionais. A amostra deste estudo (n=45) foi obtida na enfermaria de cardiologia de um hospital de referência do município de Imperatriz-MA.

Resultados

Do total de casos analisados, observou-se que a maioria era do sexo masculino (68,9%) e que os domínios Capacidade Funcional (28,33±26,02), Limitação por Aspectos Físicos (10,00±22,23) e Aspectos Emocionais (9,60±24,20), mostraram-se comprometidos pela doença cardíaca. No que tange a fração de ejeção, os pacientes que a apresentavam preservada obtiveram melhores valores nos indicadores de qualidade de vida. Ademais, a faixa etária de 51-70 anos foi a mais prevalente (53,3%) e a hipertensão arterial sistêmica foi a variável clínica (71,1%) mais recorrente, em consonância com a literatura.

Conclusões/Considerações finais

É indubitável afirmar que a amostra estudada apresenta uma baixa qualidade de vida com base no questionário SF36, quando correlacionado a variáveis clínicas e epidemiológicas. Não obstante, vale ressaltar a relevância de um diagnóstico precoce, bem como da instituição de medidas preventivas que visem minimizar os efeitos deletérios dessa patologia na qualidade de vida dos pacientes acometidos pela IC.

Palavras-chave

Insuficiência Cardíaca; Cardiologia; Indicadores de Qualidade de Vida.

Área

Clínica Médica

Autores

Marcus Henrique Bandeira Dourado, Gabriel Lima Barcellos, Aldicléya Lima Luz