Dados do Trabalho
Título
Hortoterapia e o uso de plantas medicinais no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas de Palhoça: relato de experiência
Fundamentação/Introdução
Com a implantação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil em 2006, várias ações foram implementadas na atenção primária. Entretanto, no âmbito da atenção psicossocial Álcool e Drogas, as experiências são restritas. A diversidade de plantas medicinais na flora brasileira, as possíveis ações de redução de danos, a procura por tratamentos alternativos em comparação aos medicamentos sintéticos e menores efeitos colaterais que os medicamentos alopáticos, justificam a implantação de programas voltados para este público. Além disso, as plantas medicinais fazem parte de uma prática cultural milenar e são importantes na manutenção do autocuidado com a saúde
Objetivos
Desenvolver ações para o uso e plantio de plantas medicinais no CAPS ad de Palhoça
Delineamento e Métodos
RELATO: Através do Programa Semeia CAPSad, instituído pelo Projeto de Extensão em Plantas Medicinais no SUS (FitoSUS), foi implantado do uso de plantas medicinais por usuários do CAPSad. Inicialmente, o grupo coordenador de estratégias, elaborou uma arte gráfica como identidade visual do Programa e foram iniciadas ações educativas no CAPSad, como a instituição do “Dia do Chá”, através do uso de diferentes plantas com propriedades ansiolíticas e hipnóticas.
Resultados
Os chás, além de apresentarem um meio alternativo com respaldo científico para o tratamento de alguns sintomas dos usuários, foram oportunos para integrar seus familiares ao projeto. Atividades instrutivas sobre indicações e formas de uso das plantas medicinais também foram incorporadas à rotina do serviço, principalmente no Grupo de Hortoterapia com o plantio de diversas plantas. Materiais educativos na forma de folderes foram produzidos e permanecem expostos no CAPSad para aqueles que sentirem vontade de conhecer mais sobre as plantas medicinais que estão sendo utilizadas para realização dos chás. No âmbito prático do projeto, foi elaborada uma relação de plantas sugeridas para a horta, todas devidamente registradas legalmente no RENISUS – Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (SUS). Foram analisadas as principais indicações e efeitos colaterais, visto que os indivíduos atendidos são usuários de álcool e drogas
Conclusões/Considerações finais
A adoção de plantas medicinais e o grupo de hortoterapia, auxiliou no desenvolvimento da autonomia no cuidado à saúde, permitindo a maximização de funções sociais, cognitivas, físicas e psicológicas, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos e das suas famílias.
Palavras-chave
Plantas medicinais; Fitoterapia; Práticas integrativas e complementares
Área
Clínica Médica
Autores
Barbara Regina Monteiro, Ana Paula Matos Almeida, Anna Paula Piovezan, Lara Schuler, Marcia Regina Kretzer