15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

A influência do meio em que o idoso vive na sua saúde mental: resultados preliminares de um estudo acerca da prevalência de depressão e demência nos meios rural e urbano do interior do Rio Grande do Sul

Fundamentação/Introdução

Introdução: O envelhecimento populacional está cada vez mais acentuado na sociedade, o que leva a reflexões a respeito dos fatores que o acompanham, dentre eles a incidência de doenças mentais, tais como demência e depressão. Por isso, nesse estudo, busca-se avaliar os fatores de risco relacionados ao meio em que o idoso vive (urbano ou rural), para o desenvolvimento dessas doenças psiquiátricas, bem como se há associação entre elas.

Objetivos

Objetivos: Verificar se as prevalências de demência e de depressão estão associadas a viver no meio rural ou no meio urbano, em idosos da comunidade.

Delineamento e Métodos

Delineamento e métodos: Estudo observacional do tipo transversal, cujos dados estão em coleta final, sendo assim, são apresentados os resultados preliminares. Os instrumentos utilizados para avaliar demência foram: Mini - Exame do Estado Mental (MEEM), Teste do Desenho do Relógio (TDR) e Teste de Fluência Verbal Semântica dos Animais (FVSA). Para demência foi considerado o MEEM obrigatoriamente demonstrando cognição prejudicada, conforme os pontos de corte por escolaridade, somado a pelo menos mais um teste demonstrando cognição prejudicada (FVSA ou TDR). Para avaliar depressão, foi utilizada a Escala de Depressão Geriátrica (EDG), considerada positiva para depressão um ponto de corte acima de 6 pontos.

Resultados

Resultados: A amostra atual é de 369 idosos, sendo 172 (46,6%) do meio urbano e 197 (53,4%) do meio rural. As prevalências globais foram de 15,5% (N=57) para depressão e de 18,8% (N=69) para demência. Comparando depressão e de demência entre os idosos que vivem no meio urbano com os que vivem no meio rural, para ambos os desfechos a prevalência foi maior entre os idosos do meio urbano, porém sem significância estatística. A prevalência de depressão foi de 17,5% (N=30) nos indivíduos do meio urbano e de 13,7% (N=27) no meio rural (p=0,316). E para demência foi de 21,1% (N=36) no meio urbano e de 16,8% (N=33) no rural (p=0,349).

Conclusões/Considerações finais

Conclusões: A prevalência de depressão e demência foi maior em idosos que vivem no meio urbano, comparada com os que vivem no meio rural. O resultado foi ao contrário do esperado, mesmo que sem significância estatística, provavelmente devido ao N ainda incompleto. O estudo está em fase final de coleta para atingir uma amostra calculada de 460 sujeitos, para garantir poder ao estudo e verificarmos se realmente os idosos que vivem no meio urbano estão em piores condições de saúde mental quando comparados aos que vivem no meio rural.

Palavras-chave

Depressão. Demência. Idosos. Meio urbano. Meio rural. Associação.

Área

Clínica Médica

Autores

Fernanda Cristine Zanotto, Daniela Bertol Graeff, Eduardo Lise Perin, Caroline Giotti Marostega, Laura Mittmann Reis, Ana Luísa Balestrin