15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

O PERFIL DOS DIAGNÓSTICOS DE HANSENÍASE EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO MARANHÃO.

Fundamentação/Introdução

A hanseníase é uma doença infecciosa, causada pelo agente Mycobacterium leprae, com repercussões clínicas significativas na pele e nervos periféricos. É uma patologia incrementada no rol de investigação obrigatória e notificação compulsória em território nacional, tendo em vista que o Brasil possui o segundo maior número de casos a nível mundial. O Maranhão(MA) é o 2º estado com mais casos do país. Dada a importância do diagnóstico dessa patologia, que tem reflexos diretos na saúde do país, objetivou-se traçar o perfil dos diagnósticos de hanseníase em um hospital referência do estado do Maranhão–Hospital Aquiles Lisboa, avaliando alguns aspectos epidemiológicos dos pacientes, bem como método de entrada, detecção de casos novos, e aspectos clínicos, como grau de incapacidade e formas clínicas prevalentes

Objetivos

Analisar o perfil dos diagnósticos de hanseníase em um hospital de referência no estado do Maranhão

Delineamento e Métodos

Foi feita a análise de 128 prontuários de pacientes que deram entrada em 2017 e tiveram seus casos fechados até maio de 2018. As variáveis exploradas foram sexo, faixa etária, modo de entrada, modo de detecção de caso novo, grau de incapacidade e forma clínica.

Resultados

Observou-se que, quanto ao sexo não houve tanta distinção para algum gênero em particular, sendo 49,22% homens e 50,78% mulheres. A faixa de idade mais acometida foi de 26 a 60 anos, configurando 57,81%, seguida da faixa de 61 a 99 anos com 22,66% dos pacientes. Verificou-se que 69,53% entraram como um caso novo e 25,78% como sendo outras maneiras não especificadas para o modo de entrada. A demanda espontânea se constitui como o principal método de detecção de casos novos-79,69%, os casos já encaminhados foram 9,38%. Vale ressaltar que foram detectados por exame de contato menos de 1%(0,78%). Notou-se que 41,41% possuíam sensibilidade preservada, mas 35,16% já possuíam alteração ou perda da sensibilidade. A forma Dimorfa(a segunda mais grave), foi a forma clínica mais predominante(59,38%), depois 14,84% tanto para forma tuberculosa quanto para virchowiana(a forma mais grave), que, somadas, correspondem a 29, 68%

Conclusões/Considerações finais

Infere-se que há uma fragilidade da rede em detectar a doença nos estágios iniciais, o que eleva ainda mais os índices de formas infectantes, sintomáticas e mais graves da doença. Sendo assim, é necessário que as estratégias de busca ativa e diagnóstico precoce sejam otimizadas, de modo a minimizar os indicadores epidemiológicos da doença, com maior foco para as áreas endêmicas, a exemplo do MA

Palavras-chave

Hanseníase, Maranhão, Diagnóstico, Epidemiologia.

Área

Clínica Médica

Autores

JULLYANNA MARIA RODRIGUES ALMEIDA, DARIANY RIBEIRO MEIRELES, FERNANDO HENRIQUE SOARES, GILSANDRO GOMES ANDRADE JÚNIOR, ELYJANY MORAIS LIMA SENA