15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

SEDENTARISMO E SOBREPESO EM IDOSOS COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO INSTITUCIONALIZADOS EM BOA VISTA – RR.

Fundamentação/Introdução

Introdução: A insuficiente prática de atividade física e o sedentarismo associados ao aumento da prevalência de doenças crônicas resultam em inúmeras consequências para a saúde e qualidade de vida da população idosa.

Objetivos

Objetivos: O presente trabalho objetivou analisar o perfil de fatores de risco associados ao diagnóstico de doenças crônicas em pacientes idosos atendidos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Boa Vista, Roraima.

Delineamento e Métodos

Métodos: Trata-se de um estudo transversal observacional analítico, descritivo e prospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética (parecer 242.045.064), onde foram analisados dados clínicos (sexo, variáveis antropométricas, prática de atividade física, glicemia, pressão arterial, e diagnóstico de doenças crônicas) coletados dos prontuários médicos de 74 idosos em uma UBS de Boa Vista, Roraima. Esses dados foram submetidos a testes estatísticos (teste t de Student e teste de correlação de Pearson).

Resultados

Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo feminino (60,81%) e quase a metade dos idosos encontraram-se em sobrepeso (47,29%). Ao se avaliar a circunferência abdominal (CA) por gênero, verificou-se que 59,26% dos homens estavam com CA acima ou igual a 102 cm ao passo que 73,33% das mulheres apresentaram CA acima de 88 cm, ambos indicando alto risco metabólico. Além disso, 81,08% desses pacientes negaram qualquer tipo de atividade física. Ao analisar o nível de glicemia, cerca de 28,37% dos idosos apresentaram-se com glicemia normal, 28,37% com glicemia de jejum alterada e 43,24% com hiperglicemia. A média da glicemia foi de 143,41±76,04 mg/dL. Dentre os 86,48% pacientes com algum diagnóstico de doença crônica, observou-se a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) isolada (25%), seguida por HAS associada ao diabetes mellitus (21,87%) e HAS associada a osteoporose (12,16%).

Conclusões/Considerações finais

Conclusões: Ressalta-se, portanto, que a maioria dos idosos são sedentários e encontram-se em sobrepeso com o IMC e a CA acima dos valores de referência. Assim, estes fatores podem estar associados ao desenvolvimento e agravo do diabetes, hipertensão isolada ou associada a outras comorbidades, dificultando o controle clínico dessas patologias. Desse modo, ações que visem estimular a prática de atividades físicas e uma alimentação saudável podem contribuir para um melhor prognóstico e qualidade de vida destes pacientes idosos.

Palavras-chave

Palavras-chave: Sedentarismo, Sobrepeso, Idosos.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal de Roraima - Roraima - Brasil

Autores

Luize Lopes Salazar, Ramon Figueira Pinto, Marcelo Eduardo Rauber, Raimundo Carlos de Sousa, Bruna Kempfer Bassoli