Dados do Trabalho

Título

A importância do médico generalista no diagnóstico precoce da Síndrome de Stevens-Johnson: RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

A Síndrome de Stevens-Johnson trata-se de uma reação de hipersensibilidade do tipo IV, precipitada, na maioria dos casos descritos, por uso de fármacos, tais como: betalactâmicos, anticonvulsivantes aromáticos, sulfonamidas, alopurinol e AINES. São observadas lesões cutâneas decorrentes da necrose de queratinócitos, que causam no deslocamento da epiderme com formação de lesões bolhosas que confluem entre si e associada a esta condição, há comprometimento intenso e extenso de mucosas.

Objetivos

Posto isso, frente a potencial gravidade clínica do quadro, mister se faz que profissionais médicos, ainda que na condição de generalistas, estejam aptos a realizar o diagnóstico, o mais precoce possível, influindo assim na redução de morbimortalidade desta síndrome, instituindo terapia adequada em tempo hábil. Desta forma, compreender a apresentação clínica da Síndrome de Stevens-Johnson a fim de apresentar um relato de caso que possa demonstrar a relevância clínica e a gravidade de um diagnóstico tardio, culminando em complicações que possam ser geradas por esta patologia.

Caso

H.M.P, 67 anos, sexo masculino, branco, casado, natural de Itaperuna. Sem comorbidades prévias.
Paciente procurou atendimento médico, referindo apresentar quadro de dor lombar com irradiação para membro inferior esquerdo, há aproximadamente 20 dias. Nesta ocasião foram prescrito os seguintes medicamentos, em que o paciente estava em uso: Betatrinta, Pregabalina e Ibuprofeno. Posteriormente ao ínicio do uso da medicação, houve aparecimento de lesões eritematobolhosas em membros superiores e região do tronco, sobretudo em área de fotoexposição, com intenso prurido. Também notou-se comprometimento de mucosa oral, com lesões de mesmo padrão. Por se tratar de uma apresentação clínica típica, o diagnóstico pôde ser firmado baseado na anamnese e exame físico, instituindo-se assim intervenção precoce. O paciente evoluiu bem ao tratamento, sendo ofertado medidas de suporte como a administração de soro fisiológico, sulfadiazina de prata nas ulcerações abertas e o uso de meticorten 60mg no início do quadro clínico.

Conclusões/Considerações finais

Posto isso, evidencia-se a importância do médico generalista identificar condições potencialmente fatais, para instituir o diagnóstico precocemente, influindo assim, de forma positiva no prognóstico e reduzindo eventuais complicações.

Palavras-chave

Síndrome de Stevens-Johnson; farmacodermia; hipersensibilidade

Área

Clínica Médica