15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Origem anômala de artéria coronária esquerda no seio coronário direito.

Introdução/Fundamentos

Origem anômala de artéria coronária, angio-TAC, morte súbita.

Objetivos

A origem anômala da artéria coronária esquerda (OACE) no seio coronário direito, com incidência de 0,15%, é uma situação congênita rara associada a morte súbita mesmo na ausência de outras anomalias cardíacas. A possibilidade diagnóstica requer alto índice de suspeição visto que sua apresentação é inespecífica e variável, com exame físico e eletrocardiograma quase sempre normais. O paciente portador OACE pode se manter assintomático por muitos anos ou apresentar leves sintomas, como dispneia e síncopes, ou então manifestar desfechos dramáticos como a morte súbita, provavelmente pela isquemia. Exames como a angiotomografia coronariana melhoram a caracterização dos vasos, facilitando o diagnóstico. Atualmente, há um debate sobre classificação, estratificação de risco e manejo desses pacientes, contudo os benefícios da revascularização tendem a superar os riscos cirúrgicos.

Caso

Descrever um caso de descoberta ocasional de anomalia da artéria coronária esquerda no seio coronário direito durante exames pré-operatório em paciente masculino de 72 anos assintomático. Tal anomalia é situação rara associada a morte súbita, mesmo na ausência de outras anomalias cardíacas.

Conclusões/Considerações finais

L.C.G.M, 72 anos, hipertenso, diabético e com hiperplasia prostática benigna. Vai à consulta para pré-operatório de prostatectomia. Não apresentava dispneia, dor torácica ou síncope. Exames complementares: teste ergométrico com extrassístoles ventriculares frequentes; Ecocardiograma transtorácico: fração de ejeção preservada, discreta hipertrofia ventricular esquerda e refluxo mitral discreto; Angiotomografia das artérias coronárias: tronco de coronária esquerda de origem anômala angulada no seio coronariano direito e trajeto anterior, escore de cálcio estimado em 03 Agatston e discreta aterosclerose na artéria descendente anterior. Paciente apresentava-se assintomático e sem alterações no exame físico. Otimizada medicação para hipertensão e feita estratificação do risco cardiovascular relacionada à cirurgia.

Palavras-chave

A OACE constitui um desafio clínico pela variabilidade anatômica, repercussões funcionais, mecanismos fisiopatológicos e escassez de literatura que forneçam evidência científica para orientação clínica e terapêutica. Posto que a apresentação clínica dos pacientes é variável, exames de imagem são necessários para elucidar o diagnóstico. Apesar da incapacidade de estratificar adequadamente esses doentes e da abordagem ideal permanecer incerta o tratamento deve persistir individualizado.

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Sugisawa - Paraná - Brasil, PUC PR - Paraná - Brasil

Autores

Larissa Parteka, Amanda Toaldo Genar Feliciano, Bárbara Milani Artner, Edson Marcos Campos Lessa Jr, Sadi Formiga de Souza Navarro, Adriano Senter Magajevski