15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Aplicação do instrumento FRAX em pacientes diabéticos com idade igual ou superior a 50 anos

Fundamentação/Introdução

Diabetes Mellitus; Fraturas Ósseas; FRAX

Objetivos

A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica preocupante a nível mundial que possui complicações como a osteoporose – distúrbio do metabolismo que propicia aumento da fragilidade óssea e consequente aumento do risco de fraturas. O controle glicêmico da DM está relacionado com a qualidade óssea e, consequentemente, com o risco de fraturas, especialmente nos pacientes com idade igual ou superior a 50 anos. O Fracture Risk Assessment Tool (FRAX) é uma ferramenta preditiva para calcular a probabilidade de fraturas por fragilidade óssea nos próximos dez anos. A avaliação destina-se ao risco de fraturas de quadril e daquelas consideradas maiores, como vértebra, antebraço e ombro.

Delineamento e Métodos

Identificar o risco de fraturas de quadril e/ou maiores nos próximos dez anos, em pacientes diabéticos com idade igual ou superior a 50 anos.

Resultados

Estudo observacional transversal, que avaliou 200 pacientes através da aplicação de um questionário nos ambulatórios do Hospital Nossa Senhora da Luz, em Curitiba-PR, durante seis meses. O questionário contou com 18 questões, sendo 12 retiradas do FRAX e seis elaboradas pelos pesquisadores.

Conclusões/Considerações finais

Dos 200 pacientes avaliados, 64% (n=128) eram do sexo feminino e 36% (n=72) do masculino. As idades variaram entre 50 e 90 anos, sendo a média 66,4 anos. Apenas três pacientes foram classificados como passíveis de tratamento para fraturas maiores (probabilidade ≥ 20%); portanto, não foram analisados. Os pacientes passíveis de tratamento para fraturas de quadril (probabilidade ≥ 3%) corresponderam a 21% da amostra (n=42). Destes, verificou-se que o acréscimo de um ano na idade implica em um aumento de 61% do risco (p<0,001), sendo mais significativo após os 80 anos; pacientes com fratura prévia têm probabilidade 29,4 vezes maior (p<0,001) em relação aos que não possuem e aqueles com artrite reumatoide têm 24,3 vezes mais chances (p<0,001) de fraturar o quadril. Além disso, constatou-se que o Índice de Massa Corporal (IMC) é um fator protetor – a cada acréscimo de unidade no IMC, há uma redução de 28% do risco (p<0,001) de fraturas de quadril.

Palavras-chave

A utilização da ferramenta FRAX na rotina de consultas pode ser útil para a avaliação inicial do risco de fraturas nesse perfil de pacientes. Deve-se atentar aos fatores que mais impactaram no aumento da probabilidade de fraturas, sendo eles idade, IMC, fratura prévia e artrite reumatoide. Com isso, propicia-se tanto a prevenção de fraturas quanto seu tratamento precoce, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes.

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Nossa Senhora da Luz - Paraná - Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Paraná - Brasil

Autores

Amanda Toaldo Genar Feliciano, Catherine Fuhrmeister Serau, Henrique De Mello Rocha, Adolfo Knopik Neto, Cássio Slompo Ramos