15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Análise quantitativa das principais alterações ultizando o ECG como diagnóstico rápido para protocolo de dor torácica

Fundamentação/Introdução

O eletrocardiograma (ECG) exerce papel fundamental na avaliação de pacientes com dor torácica, devido ao seu baixo custo, ampla disponibilidade e pela relativa simplicidade de interpretação. Um ECG normal é encontrado na maioria dos pacientes que se apresenta com dor torácica nas unidades de pronto atendimento (UPA). A incidência de síndrome coronariana aguda nesses pacientes é de cerca de 5%. Diversos estudos têm demonstrado que a sensibilidade do ECG de admissão para infarto agudo do miocárdio varia de 45% a 60% quando se utiliza o supradesnível do segmento ST como critério diagnóstico rápido.

Objetivos

Análise e quantificação das principais alterações dos ECG de pacientes que procuraram a UPA com queixa de dor torácica.

Delineamento e Métodos

Corresponde a um estudo observacional, onde 150 ECG de pacientes com queixa de dor torácica foram analisados por um clínico geral em unidades de pronto atendimento da cidade de João Pessoa (PB) entre fevereiro a junho de 2019, com a faixa etária divididas em 18-45 anos, 45-65 anos, 65-80 anos.

Resultados

No período do estudo, 150 ECG foram analisados (idade média 45±20 anos). Dentre os quais 12% apresentaram alterações. As alterações observadas foram: 27,7% dos pacientes apresentavam taquicardias (Frequência cardíaca maior que 100bpm); 22,2% IAM com supradesnivelamento do segmento DT; 16,6% com inversão da onda T; 11,1% apresentaram infradesnivelamento do segmento ST; 11,1% apresentaram extrasistoles isoladas; 5,55% apresentaram fibrilação atrial; 5,55% com bloqueio de ramo esquerdo. Essas alterações foram maior em homens (66,7%) e a principal patologia associada foi a hipertensão (50%). Foi observada redução progressiva na prevalência de ECG normal com o aumento da idade.Entre os ECG 88% não apresentaram alterações,caracterizando episódios de transtorno do pânico que leva ao exacerbo dos sintomas somáticos como a dor torácica associada a sensação de perda de controle ou morte iminente.

Conclusões/Considerações finais

O estudo demostrou que apenas 12% dos ECG possuíam alterações e dentre as quais apenas 27,7 eram relacionadas a síndrome coronariana. 88% dos ECG estavam normais, porém os pacientes apresentaram transtorno do pânico.

Palavras-chave

Dor torácica
ECG

Área

Clínica Médica

Autores

Beatriz Queiroga Victor, Alice Machado Da Costa , Laís Medeiros Diniz, Pedro Henrique Herculano Leite De Almeida , Bruna Emanuelle Alves Pinto, Pedro Azevedo Veneziano