Dados do Trabalho

Título

Aceitação das mudanças no manejo dos pacientes com pancreatite aguda após a revisão da Classificação de Atlanta.

Fundamentação/Introdução

pancreatite; classificação; índice de gravidade de doença; prognóstico.

Objetivos

A pancreatite é uma doença caracterizada pela presença de um processo inflamatório no tecido pancreático e áreas adjacentes, podendo evoluir de forma aguda ou crônica. Após a divulgação da Revisão da Classificação de Atlanta em 2012, ocorreram propostas que modificaram alguns conceitos e a forma de manejo da pancreatite aguda, destacando-se, principalmente, a melhor determinação da gravidade dos pacientes.

Delineamento e Métodos

Avaliar se as recomendações divulgadas após a Revisão da Classificação de Atlanta em 2012 já foram aceitas e estão sendo empregadas na prática médica diária.

Resultados

Foi realizada revisão sistemática da literatura, fundamentada nas recomendações do protocolo PRISMA, com auxílio das bases: Pubmed/Medline, Cochrane e Scielo, por meio de busca de estudos em humanos, publicados, em inglês e português, no período de 25/10/2012 até 30/11/2018, utilizando os descritores e operador booleano: ‘‘Acute pancreatitis” AND “Atlanta’’. Foram incluídos Ensaios Clínicos Randomizados que estudaram alguma recomendação divulgada após revisão da Classificação de Atlanta.

Conclusões/Considerações finais

Foram considerados válidos 89 estudos após aplicação dos critérios de inclusão, exclusão e avaliação qualitativa. Esses foram estratificados quanto à aplicação ou não das recomendações propostas após a revisão da Classificação de Atlanta. Verificou-se que 68,5% (61/89) dos estudos aplicaram essas recomendações, destacando-se o emprego da classificação de gravidade (leve, moderada, grave e/ou crítica). Destes, a maioria, eram de origem norte-americana 16,4% (10/61) e chineses 14,7% (9/61). Os outros 31,5% (28/89) limitaram-se a comparar ou validar essa classificação de gravidade.

Palavras-chave

Foram poucos os estudos que divulgaram alguma forma de aceitação ou prática dessas recomendações, apesar dos esforços norte-americanos e chineses. A falta da incorporação dessas recomendações, particularmente, relacionada à nova proposta de classificação da gravidade, não permitiram o aproveitamento das potenciais vantagens relacionadas a Revisão da Classificação Atlanta (melhora da comunicação entre os profissionais da saúde, diminuição do tempo de internação e da taxa de mortalidade). Portanto, entende-se que a divulgação desta revisão sistemática poderá estimular a divulgação dessas recomendações para que um maior número de nações estejam cientes da importância de se atualizarem e alterarem o atual panorama em relação ao manejo dos pacientes com pancreatite aguda.

Área

Clínica Médica