15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Perfil das intoxicações por Thevetia peruviana: uma revisão integrativa

Fundamentação/Introdução

Introdução/Fundamentos: A Thevetia peruviana é uma planta que se encontra nas regiões tropicais e subtropicais das Américas e das Índias Ocidentais, com flores de coloração amarela ao pêssego. É uma planta que tem múltiplas finalidades, como inseticida, rodenticida, moluscicida, usada para tratamento de doenças gastrointestinais e inflamatórias, insuficiência cardíaca e tumores cutâneos, ainda demonstraram possuir atividade antimicrobiana e antifúngica. Além disso, estudos comprovaram sua ação tóxica pela presença de glicosídeos cardiotóxicos, mais presentes nas sementes, capazes de causar intoxicação nos sistemas cardiovascular e nervoso autônomo, levando aos sinais e sintomas, como náusea, vômitos, sialorreia, dor abdominal e diarreia, tremores, sonolência, ataxia, visão amarelada, midríase, fraqueza entre outros.

Objetivos

Objetivos: identificar os princípios ativos cardiotóxicos da planta Thevetia peruviana, determinar a prevalência das intoxicações acidentais e intencionais, as faixas etárias vulneráveis, os quadros clínicos, o tratamento e desfecho final.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: A metodologia utilizada foi revisão integrativa dos relatos de casos publicados na literatura entre os anos 1986 a 2018. As bases de dados acessadas foram: LILACS, Medline, Scielo, Science Direct, considerando os seguintes descritores: Thevetia peruviana, oleander poisoning, yellow oleander.

Resultados

Resultados: Foram incluídos 22 casos, dos quais as idades presentes foram entre 1 a 4 anos, 5 a 19, 20 a 49 e maior que 50 anos, dos quais 59% das pessoas avaliadas foram do sexo masculino, 54,5% dos casos a intoxicação foi intencional. Em relação ao sinais e sintomas, os que mais apareceram foram, bradicardia (90,9%), gastrointestinais e neurológicos (59,0%), bloqueio atrioventricular (59,0%), vômitos (54,4%), sonolência (31,8%). O tratamento mais utilizado foi com Atropina (59% dos casos).

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Há muitos trabalhos sobre a Thevetia peruviana, porém nenhum brasileiro, a qual, por causar uma série de sintomas inespecíficos e relacionados a sistemas diferentes, pode acarretar numa conduta médica inadequada, consequentemente um aumento da taxa de mortalidade. Sendo assim, é necessário conscientizar a população médica do Brasil sobre possíveis intoxicações por essa planta e elaborar mais trabalhos científicos.

Palavras-chave

Thevetia peruviana. Glicosídeos Cardíacos. Intoxicação.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Oeste Paulista - São Paulo - Brasil

Autores

Henrique Hideki Sakata Vasconcellos, Angelica Augusta Grigoli-Dominato, Matheus Dias Cação, José Carlos Machado Junior