15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

FREQUÊNCIA DE MARCADORES CITOGENÉTICOS DETECTADOS PELA TÉCNICA DE HIBRIDIZAÇÃO IN SITU FLUORESCENTE EM UMA AMOSTRA DE GLIOBLASTOMAS DE PACIENTES ADULTOS

Fundamentação/Introdução

Glioblastomas, marcadores citogenéticos, hibridização in situ fluorescente.

Objetivos

Os glioblastomas são os tumores malignos mais frequentes do sistema nervoso central e apresentam mau prognóstico.

Delineamento e Métodos

Identificar, através da técnica de hibridização in situ fluorescente (FISH), as frequências da aneuploidia do cromossomo 7, amplificação do gene EGFR, monossomia do cromossomo 10 e deleção do braço longo do cromossomo 10 envolvendo o gene PTEN em uma amostra de glioblastomas e correlacionar as anormalidades citogenéticas moleculares com o prognóstico dos pacientes afetados.

Resultados

21 pacientes adultos, operados cirurgicamente por glioblastoma, foram avaliados através de um protocolo clínico e laboratorial. As amostras tumorais destes pacientes foram analisadas através da técnica de FISH, utilizando-se 2 sondas de DNA: LSI EGFR/CEP 7 e LSI PTEN/CEP 10. Os resultados foram comparados aos dados clínicos dos pacientes.

Conclusões/Considerações finais

A maioria dos pacientes da amostra foi do sexo masculino, com idades variando entre 41 e 83 anos. Observou-se que os pacientes mais jovens foram os que apresentaram melhor prognóstico. As características clínicas e as frequências de polissomia do cromossomo 7, amplificação do gene EGFR, monossomia do cromossomo 10 e deleção do braço longo do cromossomo 10 não diferiram daquelas observadas na literatura. Amplificação do gene EGFR associada a perdas do cromossomo 10 foi observada em 38,1% dos casos, e é provável que este grupo pertença ao subtipo molecular denominado como “clássico”. A deleção do gene PTEN demonstrou ser um fator de mau prognóstico para os pacientes da amostra, o que pode ser explicado pela perda da função do gene como supressor tumoral.

Palavras-chave

Os estudos das alterações genéticas dos glioblastomas têm auxiliado na compreensão da fisiopatologia do glioblastoma e dos fatores prognósticos dos pacientes afetados. Os dados deste trabalho mostram que o estudo das alterações genéticas dos glioblastomas, pela técnica de FISH, é relevante e que há necessidade de ampliar as análises já realizadas.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Luiza Duarte Pittol, Merialine Gresele, Braion Antonio Pelissoni, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano Machado Rosa