15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

LINFEDEMA CRÔNICO POR ERISIPELA DE REPETIÇÃO: O PAPEL CRUCIAL DA INSPEÇÃO MÉDICA PARA EVITAR ESTES DESFECHOS

Introdução/Fundamentos

Erisipela, Linfedema, Streptococcus pyogenes.

Objetivos

Introdução/Fundamentos: De etiologia, predominantemente, estreptocócica, a erisipela atinge derme e o panículo adiposo, pacientes diagnosticados e tratados não possuem complicações tão evidentes. No entanto, casos não tratados podem progredir com abscessos, ulcerações, trombose venosa, sendo a sequela mais comum, o linfedema. Este se define como a retenção intersticial de líquido hiperproteico, que em sua fase inicial é reversível, mas em fases mais avançadas desencadeia uma serie de reações locais que provocam um estado inflamatório crônico. Estima-se que 85% dos quadros de linfedema deve - se à erisipela de repetição.

Caso

Objetivos: Expor a relação entre erisipela e linfedema crônico e enfatizar a importância do diagnóstico e condução precoces dos quadros de erisipela.

Conclusões/Considerações finais

Caso: Paciente sexo feminino, 40 anos, agricultora e moradora da zona rural. Há 10 anos com quadro de infecções recorrentes em membro inferior direito e interdigital ipsilateral, entre o 3° e 4° pododáctilos. Há 4 anos notou - se uma deformidade e edema local importante, não remissível, indolor, com prejuízo estético e de mobilidade significativo, a mesma nega traumas locais e diabetes. Refere que fez inúmeros tratamentos com antibióticos de curto prazo para lesões no membros inferior e antifúngicos para as lesões interdigitais. Em atendimento no ambulatório de dermatologia foi evidenciado uma infecção secundária com presença de exsudato no membro acometido, presença de dor, linfonodomegalia inguinal e hipertermia não aferida. A paciente refere nunca ter usado Penicilina benzatina, sendo instituído nesse momento esta profilaxia secundária do caso, além da orientação ao uso de meias compreensivas, que resultaram em melhora da sintomatologia. Foi encaminhada a fisioterapia para melhora da mobilidade local e a cirurgia vascular para acompanhamento em conjunto.

Palavras-chave

Conclusões/Considerações finais: A erisipela deve ser considerada uma doença potencialmente crônica e recorrente, fazendo parte do cotidiano de redes de atenção básica. O elemento crucial na prevenção é a eliminação de fatores de risco, para isso faz - se necessário um diagnóstico precoce e um tratamento adequado das lesões, com intuito de melhorar o prognóstico clínico e evitar os altos custos destinados ao tratamento destas lesões.

Área

Clínica Médica

Autores

Mariana Chaves Penteado, Bruno Gemilaki Dal Poz, Fernanda Araújo de Melo, Leonardo Magalhães Braña, Suellen Gleyce França da Silva