15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE UM AMBULATÓRIO DE NEFROLOGIA EM LAJEADO – RS

Fundamentação/Introdução

ambulatório de nefrologia, perfil epidemiológico, insuficiência renal crônica

Objetivos

INTRODUÇÃO: A nefrologia consiste em uma especialidade médica destinada ao estudo das doenças renais. Sendo assim, foi realizada uma análise nos pacientes atendidos em um ambulatório de nefrologia na cidade de Lajeado - RS.

Delineamento e Métodos

OBJETIVOS: Apresentar o perfil epidemiológico dos pacientes de nefrologia de um ambulatório na cidade de Lajeado, através da análise de prontuários. Foram analisadas: doenças prévias, queixas, medicamentos em uso, sinais vitais, exame físico, exames laboratoriais, diagnóstico, grau de insuficiência renal crônica (IRC) e encaminhamento para diálise.

Resultados

MÉTODOS: Análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes em atendimento no período de janeiro de 2014 a janeiro 2019 reunindo prontuários de 157 pacientes com idade entre 18 e 90 anos.

Conclusões/Considerações finais

RESULTADOS: Dentre os pacientes do ambulatório de nefrologia 66,24% eram do sexo feminino. Quanto as doenças prévias 67,52% apresentaram hipertensão arterial sistêmica (HAS), 33,12%, diabetes mellitus (DM), e 15,38% já tiveram infecção do trato urinário (ITU). Dos medicamentos em uso pelos pacientes: 22,93 % usavam hidroclorotiazida, 28,03%, furosemida, 37,58 %, inibidores da enzima conversora de angiotensina, 30 (19,23%), bloqueadores de receptores da angiotensina, 16,56%, bloqueadores dos canais de cálcio. Já os sinais vitais, apenas 44,23% apresentavam pressão arterial controlada. Em relação aos sintomas 28,66% relataram edema de membros inferiores, 9,55%, noctúria, e 7,64%, hematúria. Dos exames laboratoriais, 86,88%, apresentaram níveis potássicos (K) abaixo de 5,5; 29,13%, apresentaram creatinina acima de 1,5; 26,17% apresentaram glicemia de jejum maior ou igual a 120. Por fim, em relação ao grau de IRC: 27,81% estavam em grau 1; 20,53%, em grau 2; 29,14%, em grau 3; 19,87% em grau 4, e 2,65%, em grau 5. Dos pacientes que chegaram ao Ambulatório de Nefrologia com grau de IRC 1 e 2, 34,20%, tinham doenças como ITU e nefrolitíase. Os demais apresentaram história de HAS, DM ou glomerulonefrites.

Palavras-chave

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A análise apresentou dados compatíveis com perfis de serviço de nefrologia, não apresentando diferenças dos ambulatórios de grandes centros. Merece destaque o número expressivo de pacientes com grau 1 e 2 de IRC encaminhados para o ambulatório de nefrologia, considerando que estes poderiam ser manejados na rede de atenção básica, demonstrando a necessidade de uma maior comunicação entre atenção básica e serviços secundário e terciário para evitar a oneração do sistema público de saúde.

Área

Clínica Médica

Autores

Raíssa Bica de Moura, Edisom Paula Brum, Wilian Luan Pilatti Sant'Ana, Vitória Baségio Dall''agnol