15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: DESLOCAMENTO DE DERIVAÇÃO VENTRÍCULO PERITONIAL

Introdução/Fundamentos

INTRODUÇÃO: A Derivação Ventrículo-peritoneal (DVP) é utilizada para diminuir a pressão intracraniana, causada por acúmulo de líquido. A cirurgia consiste na inserção de um cateter na cavidade ventricular cerebral e sua passagem até a região tóraco-abdominal, em que o líquido cefalorraquidiano (LCR) irá extravasar. Nesse relato, a DVP passou por uma das possíveis complicações: o deslocamento.

Objetivos

OBJETIVOS: Relatar o caso de paciente com DVP em que ocorreu deslocamento do cateter distal para dorso.

Caso

CASO: Paciente feminina deu entrada no hospital com crise convulsiva, em abril de 2015. Após realização de tomografia computadorizada (TC) de crânio, foi evidenciada volumosa lesão cística frontal esquerda, nas dimensões de 7,0x6,0x5,8 cm que apresentava intensidade liquórica e ocasionava compressão sobre o lobo frontal homólogo, inclusive em ventrículo lateral esquerdo. Paciente foi admitida no bloco cirúrgico para a realização de DVP, após o acesso dural e punção do cisto, é evidenciada a saída de líquido turvo, sendo realizada drenagem. Sendo assim, a cirurgia é revertida para uma Derivação Ventricular Externa (DVE). Após 15 dias da realização da cirurgia, entrou novamente em processo convulsivo, sendo encaminhada ao centro cirúrgico para novo procedimento de DVP. O cirurgião relatou dificultosa abordagem ao passar o cateter peritoneal por via subcutânea até a região cervical. Dessa forma, o cirurgião faz abordagem frontal, onde se localiza o cisto e aproveita a abordagem do DVE, passa o cateter e realiza a conexão do sistema, feito isso, é evidenciado pequeno sangramento e é realizada nova punção para limpeza do cateter. Dois dias após a cirurgia de DVP a paciente recebe alta. Após 3 anos, paciente começou a sentir dores em região dorsal, o que a levou a realizar consulta. Foi solicitada TC de coluna, em que foi evidenciada a exteriorização do cateter distal para o dorso. Assim, suspeitando-se de hidrocefalia, paciente foi encaminhada ao neurocirurgião. Passados 7 meses, a paciente deu entrada no hospital, onde foi realizada TC, diagnosticando DVP não funcionante. Foi realizada intervenção cirúrgica, com exploração da região de exteriorização, controle homeostático e ligadura do cateter distal.

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÃO: O DVP da paciente foi funcionante durante 2 anos e 5 meses e após esse período ocorreu a exteriorização do cateter distal e obstrução, dessa forma, foi necessário um novo procedimento para realizar o religamento do cateter distal e a desobstrução deste.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Raíssa Bica de Moura , Mateus Molin do Amaral , Luiz Augusto Soares Silva, Isaac Bertuol