15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ANEURISMA INTRACRANIANO GIGANTE ROTO EM MENINA DE TRÊS ANOS

Introdução/Fundamentos

Aneurismas intracranianos (AI) são dilatações nas paredes das artérias por defeito na túnica média. Apesar da raridade, faz parte do diagnóstico diferencial de pacientes com rebaixamento súbito do nível de consciência atendidos em unidades de emergência.

Objetivos

Relatar o caso de pré-escolar que apresentou ruptura de um aneurisma gigante em transição de artéria vértebro-basilar, evoluindo para vasoespasmo e estado de mal epilético.

Caso

Paciente do sexo feminino, 3 anos, previamente hígida, iniciou quadro súbito de dor em região occipital associado com episódios de vômitos e sonolência. Nega febre durante o período. Após procurar a primeira unidade de emergência, foi liberada para casa apenas com orientação de uso de analgésicos.
Deu entrada em nosso serviço, 48 horas após início do quadro, apresentando sinais de irritação meníngea, Glasgow = 12 e ataxia. Não foi observado alteração hemodinâmica na admissão.
A Tomografia Computadorizada de crânio identificou presença de hemorragia intraparenquimatosa e intraventricular, além de sinais de hipertensão intracraniana e massa em fossa posterior. A angioressonância magnética de crânio confirmou presença de aneurisma cerebral gigante, com dimensões de 7,2 x 4,0 x 3,9 cm, com origem em artéria basilar. Foi submetida à cirurgia de derivação ventricular externa, seguida de embolização do AI gigante.
Após oito dias de hospitalização, evoluiu com estado de mal epilético e novo quadro súbito de rebaixamento do nível de consciência. A nova angiorressonância magnética de crânio confirmou presença de vasoespasmo das artérias carótidas, bilateralmente, associado com isquemia cerebral em território das artérias cerebrais anterior e média. Foi optado por nova cirurgia de angioplastia. Evoluiu com motricidade comprometida da face à direita e redução de força dos membros, recebendo alta após 49 dias da rotura do AI.

Conclusões/Considerações finais

O diagnóstico precoce torna-se imprescindível para um bom manejo do AI, seja clinico ou cirúrgico, a fim de se evitar possíveis complicações, dadas neste caso clínico, como vasoespasmo, estado de mal epilético e isquemia cerebral.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Positivo - Paraná - Brasil

Autores

Larissa Nicolini de Santa, Marcos Germano Dopheide, Mateus de Oliveira Prado, Jader Pereira Almeida