15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

O tromboembolismo venoso (TEV) se faz um grande desafio em pacientes hospitalizados e tem como sua principal complicação a embolia pulmonar (TEP). Ao ocluir o leito arterial pulmonar, a EP pode levar a hipertensão pulmonar, como também a uma insuficiência ventricular direita aguda e potencialmente fatal. O desfecho do quadro é variável, dependendo principalmente do estado cardiorrespiratório e do tamanho do êmbolo.

Objetivos

Descrever um caso clínico atípico de embolia pulmonar em paciente jovem e previamente hígida.

Caso

Paciente feminina, 16 anos, queixa-se de dor torácica principalmente em lado esquerdo, ventilatório-dependente, além de dispneia, tosse secretiva e mal-estar há cinco dias. Apresentou-se em bom estado geral, afebril, com saturação de O2 de 92% (SatO2), ausculta cardíaca e pulmonares sem alterações. Nega comorbidades e telata uso de anticoncepcional. Em suspeita de um quadro respiratório agudo, radiografia de tórax mostrou-se dentro dos padrões de normalidade e paciente foi liberada com sintomáticos e orientações.
Após 3 meses, paciente evoluiu com piora do quadro prévio, associado a astenia, inapetência, vômitos, palidez cutânea e desconforto torácico progressivo. Apresentava-se hipotensa, taquicárdica, taquipneica, SatO2 90% e afebril. Iniciado oseltamivir após suspeita de H1N1, ceftriaxona e azitromicina. Angiotomografia de tórax evidenciou dilatação de átrio direito e de veia cava, com sinais sugestivos de congestão. Tronco da artéria pulmonar e artérias pulmonares com calibres aumentados, sem falhas de enchimento em seus interiores. Má definição da vascularização pulmonar na língula e com afilamento das artérias. O ecocardiograma evidenciou hipertensão pulmonar severa, dilatação importante de tronco da artéria pulmonar e seus ramos, dilatação de grau moderado a severo das câmaras direitas e refluxo valvar tricúspide e pulmonar de grau leve a moderado. Iniciada anticoagulação plena, nifedipino em baixa dose (10 mg ao dia) e discutido necessidade de uso de sildenafila (20 mg duas vezes ao dia).

Conclusões/Considerações finais

O presente relato de caso debate a importância de diagnóstico e início de tratamento precoce na embolia pulmonar, o qual deve ser sempre cogitado em pacientes com dispneia, taquipneia, dor torácica, hipotensão ou choque.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Bárbara Wiese, Gabriela Aparecida Schiefler Gazzoni , Isabella de Oliveira, Kate Adriany da Silva Santos, Vanessa Karlinski Vizentin