15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Internações por patologias respiratórias em idosos: Uma análise em dois momentos.

Fundamentação/Introdução

O progressivo do número de idosos gera novos desafios ao sistema de saúde que consiste em profissionais capacitados e infraestrutura adequada, necessários para atender essa nova demanda. Para a possibilidade de melhorias na qualidade de vida, é indispensável novas análises para estabelecimento de condutas adequadas.

Objetivos

Consiste em analisar o total de internações por causas respiratórias na faixa etária de 60 a 79 anos no Rio Grande do Sul, comparando os anos de 2008 com 2018.

Delineamento e Métodos

Estudo ecológico e qualitativo com dados coletados no sistema DATASUS relativos às internações mais prevalentes de patologias respiratórias em idosos em 2008 e 2018. Os dados foram tabulados no programa Excel e categorizados por faixa etária, sendo eleita para esse artigo a faixa de 60 a 79 anos.

Resultados

O número de internações referentes ao aparelho respiratório (faringite, amigdalite, laringite e traqueíte agudas, influenza, pneumonia, bronquite, sinusite, doenças do nariz e dos seios paranasais, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, asma, bronquiectasia, pneumoconiose e outras doenças do aparelho respiratório) decresceu de 2008 para 2018, com 30648 e 28332, respectivamente. Destaca-se a pneumonia, que aumentou o número de internações (em 2008, 9.777 e em 2018, 14.514). Uma hipótese para tal reside nas variáveis sociodemográficas, econômicas e comportamentais, associadas ao aumento da sobrevida e da maior vulnerabilidade às doenças crônicas, que culminam numa predisposição à deficiência imunológica. Ressalta-se, também, as doenças pulmonares obstrutivas crônicas, que diminuíram as internações de 13971 em 2008, para 7770 em 2018. Diante do fato, levantam-se duas principais hipóteses: a redução do tabagismo na população ou o subdiagnóstico da doença nos pacientes que foram avaliados.

Conclusões/Considerações finais

Os resultados demonstram diminuição no número total das hospitalizações por patologias respiratórias em idosos no período estudado. Isso pode decorrer de uma melhor rede de apoio na atenção básica, resultando em menor exacerbação das patologias crônicas respiratórias e consequentemente menor uso da atenção especializada. Em contrapartida, a maior prevalência das doenças infectocontagiosas, como a pneumonia, pode ser decorrente de um aumento da resistência microbiana, saindo da competência da saúde básica e necessitando de apoio hospitalar. Por fim, é imprescindível a realização de um diagnóstico correto para, assim, classificar os pacientes de acordo com a sua real patologia.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Ucpel- Universidade Católica de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Vitória Borges Pasquali, Bruna Laila Tansini, Alexandra Lopes Cousin, Júlia Gheno Dos Santos, Barbara Day Taylor, Vitória Jorge Cenci