15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PICADA DE ARANHA MARROM E SUAS COMPLICAÇÕES

Introdução/Fundamentos

As aranhas do gênero Loxosceles são popularmente denominadas de aranhas marrons por possuírem coloração marrom. Os acidentes com aranha marrom tornaram-se um problema de saúde pública de interesse para a área médica, pois os números de ocorrências notificadas vêm aumentando. Os acidentes se relacionam aos hábitos adotados pela aranha e tendem a ocorrer principalmente em pessoas do sexo feminino, sendo mais afetadas as regiões dos membros e tronco, caracterizando o acidente como doméstico e ocasionado como ato de defesa da aranha ao ser comprimida contra o corpo do indivíduo.

Objetivos

Considerando isso, esse trabalho visa relatar um caso de picada de aranha marrom associado a complicações.

Caso

Paciente do sexo feminino, 57 anos, buscou o pronto atendimento devido a dor de início subido em 3º quirodáctilo esquerdo de início há 2 dias, de forte intensidade com evolução há 1 dia para flictenas em todo o dedo e face palmar da mão, associado à enegrecimento. Ao exame físico constatou-se um “orifício de inoculação” associado a aranha marrom, lesões bolhosas na extremidade do 3º quirodáctilo com equimoses e necrose. Foi constatado processo infeccioso local e iniciado Ciprofloxacino e Clindamicina, porém evoluiu com flictenas de conteúdo serohemático. Usou curativo com Sulfadiazina de Prata. Quatro dias após a internação evoluiu com cianose fixa em falanges distais de 3º e 4º quirodáctilos, edema de mão e o antibiótico foi trocado para Vancomicina; após 6 dias de internação foram retirados tecidos desvitalizados e o antibiótico foi trocado para Oxacilina; com 8 dias apresentava cianose fixa em 3º e 4º quirodáctilo, ulcerações e flictemas em face dorsal e palmar da mão, a conduta adotada foi amputação dos quirodáctilo afetados e retirada de tecidos desvitalizados.

Conclusões/Considerações finais

A picada, por ser inicialmente pouco dolorosa, geralmente é despercebida. Após horas, a dor pode variar de moderada a severa e é descrita como queimação ou ardência. Em seguida, pode surgir uma lesão, circundada por halo vermelho e por uma zona pálida. Após 3 a 5 dias do acidente pode ocorrer necrose e abscessos. Em alguns casos a lesão cutânea necrótica evolui em semanas, com formação de uma escara de difícil cicatrização e pode dar origem a sequelas deformantes. É importante conhecimento médico acerca do tema para minimizar sequelas desse tipo de acidente.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Brasil - São Paulo - Brasil

Autores

Maria Júlia Zini Sitta, Amanda Oliva Spaziani, Vislaine de Aguiar Morete, Otávio Leão da Silveira, Andressa da Silva Machado Paulino