15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Tromboembolismo pulmonar em paciente jovem com fatores de risco - Relato de Caso

Introdução/Fundamentos

A trombose venosa (TV) é uma condição patológica resultante de diversos fatores como lesão endotelial, estase sanguínea e estado de hipercoagulabilidade. Os fatores de risco extrínsecos são: cirurgias extensas e ortopédicas, traumatismos, gravidez, puerpério, síndrome antifosfolipídeo, neoplasia e estrogenoterapia. Também existem fatores de risco genéticos.

Objetivos

Relatar caso de tromboembolismo em paciente jovem não detectado em um primeiro exame clínico.

Caso

Mulher de 19 anos procura atendimento com queixa de dor torácica intensa, de início súbito. Antecedentes de mastopexia há uma semana e uso de contraceptivo oral Diane®35. Exame físico: hidratada com mucosas normocoradas, ausência de alterações na ausculta pulmonar e cardíaca. Foi liberada com diagnóstico de flatulência. Evoluiu com piora da dor torácica, surgimento de dispneia e de hemoptoicos.
Tomografia Computadorizada de tórax evidenciou falhas de enchimento na circulação segmentar e subsegmentar à direita e subsegmentar à esquerda, associado a consolidações nas bases pulmonares e pequeno derrame pleural à direita, tendo sido feito diagnóstico Tromboembolismo Pulmonar (TEP). US doppler venoso dos membros inferiores sem alterações significativas.
A paciente foi internada, com início de uso de Enoxaparina e Rivaroxabana. Após seis dias foi realizado US de veias ilíacas e veia cava inferior, que evidenciou “trombose antiga da veia ilíaca comum esquerda, com sinais de recanalização e sem extensão para a veia cava inferior”.
Pesquisa de trombofilias hereditárias evidenciou mutação G20210A no gene da protrombina em heterozigose e presença do fator V de Leiden. As mesmas mutações foram encontradas no pai e em uma das irmãs da paciente. Outra irmã apresentou apenas a mutação do gene da protrombina em heterozigose.

Conclusões/Considerações finais

Apesar de ser uma patologia frequente, a TV pode não ser diagnosticada em suas fases iniciais, principalmente em pacientes jovens devido à menor prevalência. O uso de contraceptivos combinados é um fator de risco importante para suspeita clínica.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Caroline Forgerini