Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE DEPENDÊNCIA EM SMARTPHONE EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS E SUA CORRELAÇÃO COM DISTÚRBIOS DO SONO

Fundamentação/Introdução

O uso de smartphones já está consolidado na rotina do brasileiro, visto que o percentual da população
brasileira que utiliza um smartphone cresceu de 14%, em 2012, para 67%, em 2017.
Embora não existam critérios para diagnosticar dependência em smartphone no
DSM-5 ou CID-10, novos estudos têm demonstrado relação entre uso habitual de smartphone
com características análogas a transtornos aditivos, tais como, comportamento compulsivo,
comprometimento funcional, tolerância e abstinência.

Objetivos

O objetivo deste estudo foi medir a prevalência de dependência em smartphone e
sua correlação com distúrbios do sono e sonolência diurna nos estudantes universitários do
Centro Universitário de Patos de Minas. Tendo em vista os estudos que demonstram a
existência de sintomas de dependência relacionados ao uso de smartphones, e como esta dependência
pode estar relacionada a outros problemas de saúde, como distúrbios do sono, além de
depressão e ansiedade, principalmente em estudantes universitários, optou-se por investigar a
prevalência da dependência em smartphone, nos estudantes do Centro Universitário Patos de
Minas, e sua relação com distúrbios do sono.

Delineamento e Métodos

Os estudantes de cursos da área da saúde do Centro Universitário de Patos de
Minas foram a população alvo deste estudo. Os dados foram colhidos por meio de um
questionário eletrônico enviado por e-mail. No total 147 estudantes (120 mulheres e 27
homens; idade média = 21,98 ± 3,45) participaram do estudo.
Todos os participantes foram avaliados usando o Índice de Qualidade de Sono de
Pittsburgh (PSQI-BR) e o Índice de Dependência em Smartphones (SPAI-BR).

Resultados

A média do score final do SPAI-BR foi de 10,36, com desvio padrão de 5,54.
O score final do PSQI-BR teve média de 7,19 com desvio padrão de 3,01. Ao
considerar apenas os participantes com o SPAI-BR positivo, ou seja, com resultado ≥ 7, a
média do PSQI é consideravelmente maior, 12,98 com desvio padrão de 4,17 (n = 105).
Os testes de Pearson e Spearman mostraram correlação
significativa, com resultados de 0,562 e 0,572 respectivamente (p = 0).

Conclusões/Considerações finais

Os principais achados deste estudo são os seguintes: 75% dos participantes não
têm boa qualidade do sono, 71% dos participantes tem resultado positivo no índice de
dependência em smartphones, 57% apresentaram resultados positivos para os dois índices,
existe correlação significativa entre dependência em smartphones e má qualidade do sono.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica