Dados do Trabalho

Título

Análise de casos de Febre Amarela no Centro Norte do Estado do Espírito Santo

Fundamentação/Introdução

Introdução: A febre amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda que se encontra em expansão no Brasil. Ocorrendo, na maioria das vezes, de forma subclínica ou leve, é um importante problema de saúde pública no país, pois pode causar casos graves e fatais. Em sua forma grave, cursa com uma tríade clássica: icterícia, hemorragias e insuficiência renal aguda, com letalidade de cerca de 20 a 50%. O Brasil viveu, de dezembro de 2016 a fevereiro de 2017, um dos maiores surtos de FA de transmissão silvestre da sua história, com ocorrência em estados da região Sudeste, principalmente Minas Gerais e Espírito Santo.

Objetivos

Objetivo: O objetivo deste estudo é relatar o perfil laboratorial e sócio-demográfico dos pacientes acometidos no surto, na cidade de Colatina, Espírito Santo, e o desfecho de alta e de óbito.

Delineamento e Métodos

Métodos: A amostra estudada totalizou dezoito pacientes diagnosticados com FA em um hospital estadual da cidade. Foram coletados diretamente nos prontuários dos pacientes os resultados dos seguintes exames laboratoriais: hemograma (níveis de hemoglobia, hematócrito, leucócitos e plaquetas), uréia, creatinina, transaminases hepáticas, bilirrubinas totais e frações, tempo de tromboplastina parcial e tempo de ativação da protrombina. Além de exames complementares, a pesquisa extraiu do prontuário dados de identificação do paciente (sexo, idade, procedência, residente de área urbana ou rural, profissão) bem como a queixa principal descrita pelo médico. Para padronização, foi determinado coletar os resultados dos primeiros exames laboratoriais solicitados, no momento da admissão hospitalar. Foi realizado um levantamento de dados epidemiológicos, comparando o grupo de pacientes que foram a óbito e grupo de pacientes que não foram a óbito.

Resultados

Resultados: A maioria dos acometidos era do sexo masculino, agricultor e residente de zona rural da região centro norte do Estado. O tempo médio de internação foi de sete dias e as alterações laboratoriais notáveis foram aumento de transaminases hepáticas, uréia e creatinina com significância estatística a p<0,05 dos quais 40% evoluíram a óbito.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: Acredita-se que um atendimento precoce pode contribuir para um melhor desfecho, visto que os exames laboratoriais de todos os pacientes foram colhidos no primeiro contato. Entende-se que o grupo óbito procurou atendimento médico mais tardiamente. O perfil sócio-demográfico, clínico e laboratorial dos pacientes diagnosticados com FA neste surto é semelhante ao relatado na literatura.

Palavras-chave

Palavras-chave: Virologia, Febre Amarela, Espírito Santo.

Área

Clínica Médica