15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

SARA e SEPSE: Complicações de Pneumonia por H1N1 em gestante no segundo trimestre: relato de caso.

Introdução/Fundamentos

Pneumonia, infecção aguda que acomete o parênquima pulmonar, de origem comunitária ou se manifesta em até 48 horas pós-internação, necessita ser diagnosticada e tratada rapidamente, pois em pacientes imunodeprimidos têm alta morbimortalidade, devido ao risco de desenvolver sepse e importante fator para progressão da síndrome da angústia respiratória aguda (SARA). SARA, caracterizada pela presença de infiltrado pulmonar difuso bilateral à radiografia de tórax, assemelha-se ao edema pulmonar, mas sem sinais clínicos de disfunção de ventrículo esquerdo ou presença de hipoxemia grave. Sepse, uma das principais consequências da pneumonia em pacientes imunossuprimidos, é uma disfunção orgânica fatal, devido à resposta desregulada do hospedeiro a infecção, sendo a principal causa de morte.

Objetivos

O propósito deste estudo foi relatar os desdobramentos clínicos do caso de uma gestante com sintomas compatíveis com pneumonia por H1N1, com consequente e crítico quadro de SARA e sepse.

Caso

DLS, 23 anos, feminino, gestante (28s+3d), trabalha em granja de porcos. Encaminhada ao hospital com quadro de mialgia, artralgia, febre e dor retro-orbitária. Suspeitou-se de pneumonia por H1N1 e teve início tratamento empírico com Ceftriaxona, Azitromicina e Osetalmivir. Posteriormente, evoluiu rapidamente com plaquetopenia, hipotensão, hipossaturação, taquicardia e desconforto respiratório. Progrediu com insuficiência respiratória grave, carecendo de intubação orotraqueal, ventilação mecânica e droga vasoativa (DVA) para estabilização do quadro. Em exames complementares, ácido lático 2,24; creatinina 0,71; PaO2/FiO2 92; diurese 300ml/24hs e opacidade bilateral difusa à radiografia de tórax. Assim, fora estabelecido diagnóstico de SARA e sepse. Conduta consistiu em pronação por 36 horas e monitorização. Houve melhora da relação PaO2/FiO2, redução da quantidade de DVA, realizado desmame progressivo da pressão positiva expiratória final e posterior extubação. No entanto, verificou-se piora do leucograma e picos febris, instituindo tratamento com piperacilina e tazobactan. Após estabilidade hemodinâmica, com boa evolução clínica orientada a continuar o pré-natal recebeu alta.

Conclusões/Considerações finais

SARA e SEPSE, complicações graves que, apesar de raras, é de fundamental importância obter-se o diagnóstico precocemente em casos de pneumonias complicadas. Dessa maneira, favorece uma intervenção precoce, que está associada à diminuição de morbimortalidade.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz - Paraná - Brasil, Universidade José Rosário do Vellano - Minas Gerais - Brasil

Autores

Lidia Yanka Hoffmann, Maickon Henrique Speranza, Renata Sampaio de Alcântara, Dilson Fronza