Dados do Trabalho
Título
UM CASO DE DOENÇA DE DEVIC (NEUROMIELITE ÓPTICA), ACOMPANHAMENTO LONGITUDINAL EM UM SERVIÇO PÚBLICO
Introdução/Fundamentos
Neuromielite óptica (NMO), é uma doença desmielinizante inflamatória, autoimune do SNC, se produzem auto anticorpos contra a barreira hematoencefália, que preferencialmente afeta o nervo óptico e a medula espinha. Chamada de sindrome de Devic, na sua forma recorrente. Trata-se de um diagnóstico diferencial perante a presença simultânea ou anacrônica de mielite de mais de 3 segmentos vertebrais (mielite transversa longitudinalmente extensa), e neurite óptica, sem outra explicação. É de mediação humoral via auto anticorpos da classe imunoglobulina G (IgG) contra a aquaporina-4 (IgG-AQP4), o mais abundante canal de água presente no SNC. Mais prevalente entre 30-40 anos, e entre mulheres.
Objetivos
Apresentar um caso clinico de doença de Devic, em um paciente adulto masculino.
Caso
Masculino, 48, branco. Antecedentes: Diabetes Mellitus, Dislipidemia. Em uso de: Metformina, Glicazida, Sinvastatina. Nega tóxicos, traumas, cirurgias: Vasectomia. Familiares: AVC e morte materna com 42 anos. Pai: Falecido desconhece. Filha de 6 anos hígida. Quadro clínico: 1 mês de evolução: fadiga, parestesias no MMIE, falta de ar. Nega estresse recente, e padrão de sono normal. Exame físico: Normal(neurológico normal). Exames: Hemograma, eletrólitos, função tiroidéia, renal e hepática normais. Diabetes descompensada, colesterol elevado, vitamina B12 e D3: baixas. Rx Tórax: Normal. Ultrassonografia doppler de MMII: ateromatose leve. Rx coluna lombar: Normal. Solicitado eletroneuromiografia. Foram Ajustados os antidiabéticos, e repostas as vitaminas B12 e D2. Há melhoria do quadro em 1 mês, porém devolução e piora arrastada progressiva durante 6 m, até apresentar paraparesia de MMII [4/5 (Esquerdo) e 3/5 (direito) Escala RMC], com diminuição da acuidade visual 200/20. Internado: Descartaram-se outras doenças, suspeitando-se Esclerose Múltipla e Neuromielite Ótica. LCR: Inflamatório. RM cerebral e espinhal: Nervo ótico esquerdo hiperintenso em T2, e mielite atingindo mais de 3 níveis vertebrais dorsais. Anticorpo anti-AQP4 (+). A conduta: Pulsoterapia com metilprednisolona, e fisioterapia houve melhoria evidente em 1 mês. Na alta: Azatioprina 50 mg 3 xdia, Gabapentina 300mg 2 x dia, e insulina por esquema, com fisioterapia, oftalmologia e neurologia ambulatórios.
Conclusões/Considerações finais
A evolução em 1 ano tem sido estável. Na NMO: Precisa ser lembrada para diagnóstico diferencial com Esclerose Múltipla, pois o tratamento é diferente. O prognóstico está associado a recorrência de eventos (recidivas).
Palavras-chave
Área
Clínica Médica
Instituições
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DO JANEIRO - Rio de Janeiro - Brasil, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
JEFFREY ANDRES DIAZ RODRIGUEZ, DERLY JUDAISSY DIAZ RODRIGUEZ, DIVA CONSTANZA GIL FORERO