15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Preditores clínicos e neurológicos para o prognóstico funcional em 12 meses de pacientes vítimas de traumatismo cranioencefálico

Fundamentação/Introdução

Introdução/Fundamentos
O traumatismo cranioencefálico (TCE) constitui um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, apresentando elevada incidência e representando importante causa de morbimortalidade, principalmente entre adultos jovens. Diante desse panorama, é fundamental compreender seus fatores prognósticos.

Objetivos

Objetivos
Associar as características clínicas e neurológicas presentes na admissão do paciente vítima de TCE com seu prognóstico funcional 12 meses após o trauma.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos
Trata-se de um estudo observacional, longitudinal e prospectivo, realizado com pacientes acima de 12 anos internados no serviço de neurocirurgia do maior hospital terciário do estado de Sergipe entre Março de 2017 e Abril de 2018. Foram preenchidos questionários por meio de busca ativa em prontuários ou perguntas diretas, visando identificar os achados clínicos presentes na admissão do paciente vítima de TCE. Completados 12 meses do acidente, a Escala Prognóstica de Glasgow Estendida (GOSE) foi aplicada. Os resultados foram dicotomizados em favorável (GOSE≥7) e desfavorável (GOSE<7) e os dados foram submetidos à regressão logística uni e multivariada.

Resultados

Resultados
Foram coletados dados da admissão de 600 pacientes vítimas de TCE. Desses pacientes, 180 foram contatados com sucesso para aplicação da GOSE, 12 meses após o trauma. A média de idade da amostra final foi de 36,4 anos, sendo 83,3% dos indivíduos do sexo masculino. O mecanismo do trauma mais comum foi o acidente motociclístico (50,0%). Quanto à aplicação da escala prognóstica, 42,8% apresentaram desfecho favorável após 12 meses. Os resultados da regressão logística univariada demonstram que a presença de TCE grave, classificado através da Escala de Coma de Glasgow (ECG), e a ausência de reatividade pupilar direta ou consensual foram as únicas variáveis clínicas que correlacionaram-se com um desfecho desfavorável para o paciente (p<0,001). Ao aplicar a regressão logística multivariada, entretanto, o TCE grave foi o único preditor independente de pior prognóstico em 12 meses (Razão de chances: 6,26; Intervalo de confiança de 95%: 2,97 – 13,22).

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações Finais
O presente estudo ratifica a importância do uso da ECG na avaliação inicial do paciente vítima de TCE. Saber aplicar essa ferramenta, bem como entender seu valor prognóstico pós-trauma, influencia diretamente a tomada de decisão médica e garante um maior empenho no manejo clínico.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal de Sergipe - Sergipe - Brasil

Autores

Isabella Fontes de Santana Lins, Thaís Cristina de Souza Melo, Rafael de Souza Dantas, Bruno Fernandes de Oliveira Santos, Arthur Maynart Pereira Oliveira