Dados do Trabalho

Título

Ocorrência e tratamento de quadros depressivos por hormônios esteroides sexuais

Fundamentação/Introdução

A atividade dos hormônios sexuais possui forte relação com a modulação de diversas funções psíquicas, principalmente cognição e humor. Baixos níveis séricos de hormônios (testosterona, estrógenos, dehidroepiandrosterona [DHEA], progesterona) tem sido associados a sintomas clínicos do transtorno depressivo maior (TDM).

Objetivos

Analisar a literatura científica mais recente acerca dos sintomas depressivos e sua relação com concentrações/flutuações de hormônios sexuais, assim como o papel da terapia de reposição hormonal no transtorno depressivo maior, abordando aspectos clínicos e fisiopatológicos relacionados a diagnóstico e tratamento.

Delineamento e Métodos

Revisão bibliográfica realizada por meio da busca nos bancos de dados PubMed/MEDLINE® e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Foram utilizados os descritores: “depression” , “hormone replacement” e “testosterone” . A busca abrangeu publicações do período entre 2015 e 2019 nas línguas inglesa e portuguesa. Foram encontrados 192 artigos, sendo selecionados 20 deles pela observação exploratória dos títulos. Destes, 8 se enquadraram nos critérios de inclusão.

Resultados

Existem resultados bastante promissores, particularmente quanto ao uso de estradiol e testosterona para o alívio de sintomas depressivos, como já foi caracterizado com o uso de estradiol em mulheres em perimenopausa e testosterona em homens deprimidos com hipogonadismo. Futuras investigações devem definir com maior precisão a utilização de hormônios como agente antidepressivo monoterápico e adjuntivo, bem como suas contraindicações e riscos associados ao seu uso.

Conclusões/Considerações finais

Evidências clínicas e epidemiológicas demonstraram um papel importante dos hormônios sexuais na modulação do humor ou mesmo em transtornos de humor em homens e mulheres, sendo a terapia de reposição hormonal um possível arsenal terapêutico no campo da saúdo mental.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica