15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

SÍNDROME DE WOLFF-PARKINSON-WHITE ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO ATRIAL DE ALTA RESPOSTA VENTRICULAR COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS TAQUIARRITMIAS DE QRS LARGO: UM RELATO DE CASO NA AMAZÔNIA OCIDENTAL

Introdução/Fundamentos

A Síndrome de Wolf-Parkinson-White, relatada em 1930, caracteriza-se pela presença de uma via anômala, denominada Feixe de Kent, a qual permite a condução anterógrada e retrograda entre as câmaras cardíacas. Este fenômeno resulta em alterações típicas no eletrocardiograma (intervalo PR curto e presença de onda delta no início do complexo QRS), que podem predispor o indivíduo portador às taquiarritmias, na qual a fibrilação atrial é uma rara apresentação, mas que pode evoluir para fibrilação ventricular (FV) e morte súbita.

Objetivos

Descrever um caso de Síndrome de Wolff-Parkinson-White associado a Fibrilação Atrial de Alta Resposta Ventricular.

Caso

Paciente, masculino, 42 anos, residente e procedente do interior do estado de Rondônia com antecedente de duas paradas cardiorrespiratórias há 5 anos por evento arrítmico e história familiar de óbito por arritmia (pai), foi encaminhado à unidade de Pronto Atendimento de Porto Velho com queixa de palpitação, dor torácica e dispneia de início súbito. Ao exame físico: regular estado geral, pele fria e sudoreica, taquicárdico (180 bpm), ritmo cardíaco irregular, pressão arterial 90 x 70 mmHg, SpO2 96% em ar ambiente. Realizado o eletrocardiograma que evidenciou, padrão de Fibrilação Atrial pré-excitada (QRS largo e intervalo RR irregular) com alta resposta ventricular e risco de degeneração para FV e morte súbita. Diante do quadro, o paciente foi orientado, sedado e submetido a cardioversão elétrica sincronizada à 150 J (bifásico), com reversão do quadro. Após estabilização, foi encaminhado para o ambulatório de arritmologia a fim de ser acompanhado.

Conclusões/Considerações finais

É uma patologia rara, sendo imprescindível o reconhecimento precoce por meio da eletrocardiografia, a fim de que a terapêutica adequada seja tomada, destarte, evitando degeneração do ritmo e evoluções catastróficas.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Cyntia Mayra Junkes Corrêa, Edivanei Siqueira Silva, Lavínia Ferreira Dias, Vilmarque João Junior, Gilvan Brito Lopes