Dados do Trabalho

Título

CORREÇÃO DE COMUNICAÇÃO INTERATRIAL EM PACIENTE COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO APÓS QUADRO DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA: RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

O forame oval é uma estrutura indispensável à vida no período fetal, permitindo a comunicação entre os átrios. Após o nascimento, há queda da resistência pulmonar, e geralmente ocorre o fechamento funcional na maioria das pessoas. O forame oval patente (FOP) normalmente é assintomático, todavia, essa condição predispõe o surgimento de outras doenças na vida adulta, tais como acidente vascular, oclusão arterial periférica, infarto do miocárdio.

Objetivos

Com esse trabalho será possível reconhecer a importância da investigação do FOP quando diante de um acidente vascular encefálico e analisar a melhora clinica após o seu fechamento.

Caso

Feminina, 66 anos, hipertensa, hipotireoidea, iniciou com forte dor e edema unilateral em membro inferior, evoluindo com déficit de força e hemiparesia. Realizado tomografia de crânio, que não evidenciou foco de sangramento. Após tratamento hospitalar da fase aguda do acidente vascular encefálico isquêmico, iniciou investigação ambulatorial e, após realização de ecorcardiografiatransesofágica, evidenciou-se a presença de aneurisma de septo interatrial oscilando para ambos os átrios, com shunt da direita para esquerda contínuo, através do forame oval. Também, foi observado importante shunt direita-esquerda após infusão de solução salina aerada (“microbolhas”) com passagem precoce, sem manobra provocativa, indicativo de alto potencial emboligênico. Átrios direito e esquerdo de dimensões normais, não visualizados trombos e/ou massas. Encaminhada ao serviço de cirurgia cardiovascular, onde foi realizado fechamento primário da comunicação interatrial sem intercorrências.

Conclusões/Considerações finais

O FOP deve ser lembrado na investigação dos pacientes com acidente vascular encefálico de origem incerta. O fechamento do FOP mostra benefício nos quadros sintomáticos a fim de evitar eventos vasculares recorrentes, permitindo melhora da sobrevida aos pacientes.