Dados do Trabalho

Título

Trombólise na embolia pulmonar aguda

Fundamentação/Introdução

A embolia pulmonar aguda (EAP) é uma causa importante de mortalidade cardiovascular, ao causar instabilidade hemodinâmica. Nestes casos, a recomendação é a realização de algum procedimento de reperfusão, sendo a trombólise sistêmica a principal terapia utilizada. No entanto, dados nacionais avaliando a eficácia e segurança da trombólise são escassos.

Objetivos

Avaliar eficácia e segurança da terapia trombolítica no EAP

Delineamento e Métodos

Análise retrospectiva de uma série de casos. Foram incluídos 13 pacientes com o diagnóstico de EAP de alto risco e 4 pacientes de risco intermediário-alto, de um único centro, e que foram tratados com alteplase 100mg.

Resultados

A média de idade dos pacientes foi 55 anos, sendo a maioria do gênero feminino (76,4%). Dos fatores de risco para TEV, estavam presentes a imobilização (41,17%), o uso de anticonceptivos (35,29%), câncer (17,63%) e história prévia de TVP (11,76%). As manifestações clínicas mais frequentes da EAP foram dispnéia (88,23%), hipóxia (82,35%), hipotensão (82,35%) e taquicardia (64,70%). 82,35% dos pacientes apresentaram sinais ecocardiográficos de disfunção ventricular direita e 52,94% apresentaram aumento da troponina e BNP. O sangramento grave associado à trombólise ocorreu em 17,54% dos casos. Nenhum paciente faleceu em decorrência de sangramento. Houve 8 mortes por insuficiência ventricular direita (47%), 6 nos casos de paciente que se apresentaram como EAP de alto risco (35,3%) e 2 nos casos de risco intermediário-alto (11,8%).

Conclusões/Considerações finais

A trombólise nos pacientes com EAP de alto risco ou risco intermediário-alto, apresentou uma taxa de sangramento grave de 17,6%. No entanto, a alta mortalidade desta população (47%) por insuficiência ventricular direita justifica o uso desta modalidade terapêutica.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica