Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO BRASIL NO PERÍODO DE 2012 A 2017

Fundamentação/Introdução

Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas produtoras de veneno ou substâncias tóxicas, além de aparelho especializado por onde o veneno é inoculado. Os animais peçonhentos de importância para a saúde pública no Brasil são serpentes, aranhas, escorpiões, lagartas, abelhas e alguns animais aquáticos que podem determinar diferentes tipos de envenenamento. Em 2010, os acidentes por animais peçonhentos foram incluídos na Lista de Notificação Compulsória (LNC) do Brasil.

Objetivos

Analisar o perfil da incidência das notificações de acidente por animais peçonhentos no Brasil no período de 2012 a 2017.

Delineamento e Métodos

A partir da base de dados do DATASUS, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), foram extraídos dados sobre os casos registrados de acidentes por animais peçonhentos, levando em consideração os agentes causadores e ano de acometimento. Os dados foram agrupados em planilhas e correlacionados com materiais do Ministério da Saúde, protocolos de atendimentos e cadernetas de vigilância em saúde.

Resultados

No período de análise, houve o registro de 11.388 casos de acidentes por animais peçonhetos no Brasil, variando a sua etiologia entre serpente, aranha, escorpião, lagarta, abelha e outros. As incidências de registro dos casos demonstram-se de maneira ascendente. Enquanto nos anos de 2012 e 2013 há apenas 2 e 17 notificações, respectivamente, os registros entre 2014 e 2017 são bem mais significativos. No ano de 2014 houve registro de 2.505 casos, enquanto em 2017 essa incidência aumentou para 3.556 casos. Nos anos analisados a etiologia de maior ocorrência é por escorpião com 32% dos acidentes, seguido por serpentes com 26% dos casos, outras etiologias com 24%, seguidos por abelhas, aranhas e lagartas.

Conclusões/Considerações finais

Devido os animais peçonhentos estarem presentes em vários tipos de ambientes, há a necessidade de ampliar as estratégias de atuação junto às comunidades expostas ao risco de acidentes. Para realizar esse controle é imprescindível o preenchimento adequado da ficha específica de notificação e investigação no SINAN, afim de estabelecer um perfil desses acidentes, identificar corretamente o agente etiológico e sua espécie, evitar as subnotificações e estabelecer medidas preventivas e educativas.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica