15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Análise das infecções hospitalares e fatores relacionados nos hospitais públicos e privados da Grande Florianópolis

Fundamentação/Introdução

Infecções hospitalares (IHs) são aquelas que acometem pacientes internados ou que tiveram alta em poucas horas. Os fatores predisponentes às IHs estão ligados à situação de saúde e doença ou a métodos invasivos e ambientais aos quais o paciente está exposto. O controle de IH é uma forma de avaliação da qualidade da assistência e é realizado pelas Comissões de Controle de IH (CCIHs). Estas adotam estratégias para melhoria na qualidade do serviço e promoção de medidas eficazes para prevenção das IHs.

Objetivos

Avaliar os índices de IHs nos hospitais da Grande Florianópolis, de forma individual e comparativa ao fato de serem públicos e privados, e promover ações de conscientização sobre a importância de seguir as medidas preconizadas pela OMS em relação às formas de prevenção destas.

Delineamento e Métodos

Pesquisa observacional e descritiva, de caráter transversal. Foi realizada nas CCIHs de 2 hospitais públicos e 2 privados da Grande Florianópolis. A amostra total foi 36.245 pacientes e se refere ao número de internados durante o ano de 2018 nestes hospitais. Dentro disso, foi estudada a porcentagem dos que tiveram algum tipo de IH e os fatores relacionados. Os dados foram exportados para o programa SPSS 16.0 e utilizou-se para análise e comparação destes os testes de Fisher e Risco Relativo, fixando-se o intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 0,05.

Resultados

As taxas globais de Infecção Relacionada à Assistência em Saúde dos hospitais estudados estão abaixo do preconizado pela OMS, e as taxas de Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) dentro do que a literatura considera aceitável. Em relação à ISC em cirurgias limpas, os valores estavam acima do esperado quando comparados com as taxas de ISC gerais, mas ainda dentro do que a literatura preconiza. Ao analisar os dados de UTIs, todos os indicadores tiveram valores elevados, sendo estes infecção do trato urinário por sonda vesical de demora, infecção primária da corrente sanguínea por cateter venoso central ou pneumonia associada a ventilador mecânico.

Conclusões/Considerações finais

Apesar das muitas medidas de prevenção de IHs, ainda se faz necessário melhoria nesses índices e consequentemente, da qualidade dos serviços e segurança do paciente. A implementação de medidas simples, como a adesão à higienização das mãos, pode ter impacto significativo nessa redução. Além disso, o correto cumprimento das normas preconizadas pela ANVISA em relação ao tempo de utilização das sondas vesicais, cateteres venosos e ventiladores mecânicos, também auxiliam nessa questão.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Sul de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil

Autores

Dhara Giovanna Santin de Souza, Gustavo Nogueira Schincariol Vicente, Marcos de Oliveira Machado, Franciele Cascaes da Silva, Vinicius Beckhauser Thiesen