15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE HEPATITES VIRAIS NO MUNICÍPIO DE ARAGUAÍNA-TO REFERENTE AO PERÍODO DE 2014 A 2018

Fundamentação/Introdução

Existem diversos vírus que podem determinar lesão dos hepatócitos, originando as hepatites virais que podem variar desde aspectos brandos, com resolução em média de 1 a 2 meses, caracterizadas como agudas até um quadro clínico mais grave com duração maior que 6 meses e evolução para um estado crônico. Os vírus A, B e C são os mais incidentes no Brasil, embora existam, ainda, os vírus D e E. Esses vírus têm tropismo pelo fígado e deflagram as hepatites clássicas que, não obstante, têm se transformado ao longo dos anos, tanto no que se refere à evolução clínica quanto ao perfil epidemiológico dos pacientes. Essa versatilidade viral propicia diversos meios de transmissão que podem ocorrer por via sexual, vertical, horizontal, fecal-oral, transfusional, uso de drogas injetáveis, entre outros, determinando manifestações clínicas semelhantes, independente do agente etiológico.

Objetivos

Analisar o perfil da incidência dos casos de hepatites virais em Araguaína–TO, nos anos de 2014 a 2018.

Delineamento e Métodos

Análise retrospectiva, quantitativa e descritiva do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Analisou-se faixa etária, sexo, classificação etiológica e mecanismo de infecção. Os dados foram agrupados e correlacionados com materiais do Ministério da Saúde e artigos publicados em plataformas científicas.

Resultados

No período analisado, houve o registro de 682 casos de hepatites virais em Araguaína com idade variando de menos de 1 ano a 80 anos ou mais. Destes, 363 eram do sexo masculino e 319 do sexo feminino. As faixas etárias mais incidentes foram de 05-09 anos (154), 20-39 anos (139) e 40-59 anos (123), nessa sequência. No que tange ao mecanismo de transmissão as principais vias foram fecal-oral (404), sexual (20) e ignorado (126). Dentre essas, a primeira ocupou 59,2% dos casos. Já quanto à classificação etiológica os vírus A, B e C correspondem respectivamente a 60,3%; 28,1% e 10,3% dos casos.

Conclusões/Considerações finais

É indubitável a correlação que há entre as faixas etárias de maior incidência com a exposição aos fatores de risco para o contágio dos respectivos vírus da hepatite, determinando um grupo de risco. Portanto é necessário minimizar a susceptibilidade desses grupos, principalmente na população infantil com relação à via fecal-oral e ao vírus A e nos adultos-jovens, faixa na qual, observou-se correlação com o vírus B e C, instituindo políticas preventivas contra a infecção.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Vinícius Machado Bringel de Castro Cruz, Gabriel Lima Barcellos, Nathalia Dias Galvão, Rogério Rodrigues Veloso, José Walter Lima Prado