Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE AIDS NOTIFICADOS NO BRASIL NO PERÍODO DE 2015 A 2018

Fundamentação/Introdução

O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é o causador da Síndrome da imunodeficiência humana adquirida (AIDS), este, possui tropismo pelas células do sistema imunológico, principalmente os linfócitos TCD4+, destruindo-os a fim de se proliferar. A transmissão ocorre predominantemente por via sexual, mas também acontece pelo contato com sangue contaminado, pela via transplacentária ou pelo aleitamento materno. A infecção pelo HIV tem apresentado diversas transformações ao longo dos anos, tanto no que se refere à evolução clínica quanto ao perfil epidemiológico das pessoas infectadas no Brasil desde 1980, ano que ocorreu o primeiro registro de AIDS.

Objetivos

Analisar o perfil da incidência dos casos de AIDS no Brasil no período de 2015 a 2018.

Delineamento e Métodos

A partir da base de dados do DATASUS, nas Informações de Saúde (TABNET) do Sistema de Informação de Agravos de Notificação sobre AIDS, foram extraídos dados sobre os casos registrados levando em consideração faixa etária e sexo. Os dados foram agrupados em planilhas e correlacionados com materiais do Ministério da Saúde e artigos publicados em plataformas científicas.

Resultados

No período de análise, houve o registro de 133.018 casos de AIDS no Brasil com idade variando de menores de 1 ano a 80 anos ou mais. Destes, 91.423 eram do sexo masculino, e 41.538 do sexo feminino. As faixas etárias de maiores incidências nas notificações foram de 30-39 anos, 20-29 anos e 40-49 anos, nessa sequência. Dentre essas, a primeira ocupou 30,6% dos casos, sendo o sexo masculino mais acometido correspondendo 69,8%. Vale ressaltar que as únicas faixas etárias em que o sexo feminino predominou foram entre 10-14 anos e 1-4 anos, correspondendo respectivamente a 58,7% e 52,5%.

Conclusões/Considerações finais

A infecção pelo HIV tem incidência mais elevada em uma faixa etária jovem e produtiva, variando dos 20 aos 49 anos; tendo impacto direto na economia. Com relação ao sexo, ainda atinge principalmente os homens, porém vem aumentando entre as mulheres, quando se compara com o início da epidemia da doença. As campanhas preventivas devem ser direcionadas a todos os grupos mais vulneráveis e os homens incentivados a procurar com mais freqüência as unidades de saúde.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica