15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: MELANOMA MALIGNO PRIMÁRIO DE MEDULA ESPINAL EM CAUDA EQUINA COM METÁSTASES PULMONARES.

Introdução/Fundamentos

As neoplasias de medula espinal representam cerca de 4-10% dos tumores de Sistema Nervoso Central (SNC).Tumores melanocíticos metastáticos são a terceira causa de metástases para o SNC, enquanto, os primários representam apenas 1% dos melanomas. Objetivou-se relatar um caso de Melanoma maligno primário de medula espinal de cauda equina de um paciente de hospital referência em câncer de São Luís-MA, que concordou com a publicação do caso por meio de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Objetivos

Relatar caso sobre Melanoma Primário de Medula Espinal(MPME) com metástases pulmonares.

Caso

ISO,36,feminino,branca,professora. Há dois anos diagnosticada com Melanoma Metastático Intradural de Cauda Equína. Referia cefaleia associada a vômitos e dor em região ilíaca direita irradiando para membros inferiores(MMII) com piora aos esforços. À investigação pela Ressonância Nuclear Magnética(RNM), identificou-se lesão expansiva espinal de 3,6cm ao nível de L5. Tomografia Computadorizada(TC) de tórax apresentou granulomas calcificados em mediastino sugestivos de metástases pulmonares. Submetida à ressecção da lesão em medula espinal e à avaliação histopatológica que diagnosticou neoplasia epitelioide pigmentada maligna compatível com Melanoma Metastático. Realizou-se ciclos de quimioterapia(QT) e radioterapia(RT) paliativas. Recidiva tumoral cerca de um ano depois e a paciente evoluiu com dor lombar de forte intensidade, parestesia, fraqueza muscular em MMII e diplopia. À avaliação radiológica: TC crânio demonstrou proptose ocular bilateral e mega cisterna magna. Nova ressecção do tumor em medula foi realizada e complicações infecciosas no pós-operatório resultaram em internação de cerca de 3 meses. Alterações importantes nas funções motoras e sensitivas foram identificadas após a cirurgia de resgate, causando perda significativa da mobilidade. Ciclos de QT e RT novamente foram realizados e bem tolerados. Atualmente,encontra-se incapacitada de andar pelas alterações em MMII e pela dor, é acompanhada por médico oncologista e um especialista em dor. Manejo da dor: Morfina 10mg 4/4h, Metadona 5mg 8/8h, e Paracetamol 750mg 6/6h.

Conclusões/Considerações finais

Estudos de lesões melanocíticas primárias de SNC são limitados pelo número restrito de casos publicados. Entender a patogenia é importante para o diagnóstico e prognóstico adequados dos pacientes acometidos, seja em direção à regressão tumoral (aumento da sobrevida), seja em direção aos cuidados paliativos, proporcionando um caminhar mais digno ao óbito.

Palavras-chave

Melanoma, Medula Espinal, Cauda equina, Primário, Metástase, Dor.

Área

Clínica Médica

Autores

JULLYANNA MARIA RODRIGUES ALMEIDA, JULIANA COSTA SILVA, JULIANA CONCEIÇÃO OLIVEIRA LIMA, CAROLINA MORETI CÂMARA FRANÇA, JORDANA ARAÚJO SILVA, EDUARDO TITO REIS SOARES