15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS COM DIAGNÓSTICO DE HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO ATENDIDAS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM TRIAGEM NEONATAL.

Fundamentação/Introdução

O Programa de Triagem Neonatal (PNTN) iniciou no Brasil na década de 70, sendo que apenas a Fenilcetonúria era diagnosticada. Contudo, a partir de 1980 foi possível adicionar o Hipotireoidismo Congênito (HC) como a segunda doença viável de ser detectada precocemente. No panorama mundial, nacional e estadual (Pará) foi observado altas incidências do HC. E a partir desse cenário, torna-se fundamental a realização do teste do pezinho entre o 3º ao 7º dia de vida, uma vez que o nível do hormônio TSH se encontram muito elevados nos 3 primeiros dias, e caso seja analisado um nível de TSH elevado, faz-se o exame de T4 livre ou T4 total, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida das crianças com HC e de sanar a morbimortalidade como consequência de um diagnóstico tardio, o qual apresenta um número exacerbado no Brasil.

Objetivos

Objetivo primário: Determinar o perfil clínico e epidemiológico de crianças com diagnóstico de hipotireoidismo congênito (HC) atendidas no serviço de referência em triagem neonatal da Universidade do Estado do Pará - UEPA (Maternar). Objetivos secundários: Analisar os dados pré-natais, perinatais e neonatais das crianças com diagnóstico de HC atendidas no Maternar; e analisar as manifestações clínicas relacionadas ao quadro de HC das crianças atendidas no Maternar.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal com uma análise quantitativa, o qual foi realizado no Maternar, localizado na UEPA. A coleta de dados ocorreu no local supracitado com o uso dos prontuários dos pacientes. A amostra foi constituída por 207 pacientes, o qual compreende o total de prontuários no período de 2009 a 2019.

Resultados

65% são do sexo feminino, o que corrobora com um estudo o qual a incidência era duas vezes maior no sexo feminino em relação ao masculino. A procedência do interior é de 67%, o que, segundo um estudo, é uma entrave, devido a dificuldade de locomoção. Ademais, somente 12,56% realizam o teste do pezinho no período correto, evidenciando a necessidade de orientações do serviço de saúde. E além disso, somente 11,59% iniciaram o tratamento até 30 dias; 47% o diagnóstico foi tardio, o que concorda com a literatura. Em relação as manifestações clínicas, a hérnia umbilical foi a mais prevalente, com 45,59%. Outrossim, a icterícia foi a intercorrência mais frequente.

Conclusões/Considerações finais

Sendo assim, uma parcela significativa das crianças do presente estudo apresentou diagnóstico tardio e demora para iniciar o tratamento, tornando-se necessário um acompanhamento desses lactantes para evitar sequelas da doença.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

UEPA - Pará - Brasil

Autores

Letícia Cunha Andrade, André Luiz Nunes Silva Carlos, Danilo Jun Kadosaki, Letícia Prazeres Farias Coelho, Tayana Nascimento Silva