15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Microcarcinoma papilífero em nódulo tiroidiano tóxico

Introdução/Fundamentos

Introdução: Nódulo de tireóide hiperfuncionante apresenta taxa de malignidade baixa, portanto não são biopsiados com freqüência; apresentamos caso de paciente com nódulo tireoidiano “quente” associado à malignidade, determinando características.

Objetivos

Objetivo: Descrever caso de microcarcinoma papilífero associado à nódulo autônomo de tireóide.

Caso

Relato de caso: Trata-se de um estudo observacional do tipo relato de caso, desenvolvido a partir da observação clínica e revisão de prontuário. Paciente sexo feminino, 29 anos, com sintomas de hipertiroidismo associado ao aumento de volume cervical, cujos exames iniciais evidenciaram TSH: 0,020 µUI/mL e T4 livre:1,9ng/dl associado à Cintilografia de Tireóide com nódulo hiperfuncionante em lobo direito. Realizado US tireóide evidenciando nódulo hipoecóico e vascularização CHAMMAS IV com 45x24x18mm em lobo direito. Optou-se por conduta cirúrgica. Realizado tiroidectomia subtotal com diagnóstico histopatológico de Carcinoma Papilífero de 0,2 cm sem infiltração angiolinfática e extensão extra-tiroidiana. Paciente está em reposição de levotiroxina com adequado controle hormonal e clínico. A literatura mostra que nódulo tiroidiano tóxico apresenta incidência variável com predomínio no sexo feminino e grupo etário mais idoso, porém quando comparamos nódulos hiperfuncionantes benignos e malignos, os últimos são mais prevalentes em pacientes mais jovens, como paciente descrita. Carcinoma associado ao hipertiroidismo é raramente diagnosticado antes da cirurgia e isso é devido ao fato de que a maioria dos pacientes tem microcarcinoma oculto definido como um tumor com menos de 1cm. Quando ocorre hipertireoidismo clínico com TSH suprimido associado à nódulo hiperfuncionante; cirurgia ou radioiodo são as opções de terapia mais indicada, e recentemente injeções percutâneas de etanol também são utilizadas. Indicada conduta cirúrgica devido ao grande nódulo no lobo direito hiperfuncionante com sintomas compressivos, sendo eficaz no alívio imediato dos sintomas.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: Nosso relato reforça que apesar de não ser comum a associação de adenoma tóxico e carcinoma papilar de tireóide, a presença de um nódulo “quente” na cintilografia não exclui a possível concomitância de um carcinoma bem diferenciado de tireóide. Desta forma, a avaliação sistemática e cuidadosa de todos os nódulos tireoidianos deve ser realizada.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Lais Ribeiro Lacerda, Telia Maria Santos, Flávio dos Santos Antunes, Karina Schiavoni Scandelai Cardoso dos Reis