15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Terapia Antibiótica Intratecal para tratamento de Ventriculite

Introdução/Fundamentos

Paciente submetidos a procedimentos neurocirúrgicos podem evoluir com meningites ou ventriculitis podendo chegar esta incidência a 8% no caso de derivações ventriculares externas, os agentes infecciosos podem ser gram positivos ou gram negativos, tendo o acinetobacter baumannii uma incidência de 3 a 11%, a dificuldade dos antibióticos intravenosos de atravessar a barreira hematoencefálica faz com que as taxas de mortalidade sejam altas, a combinação de terapia endovenosa e intratecal demostrou diminuição da mortalidade de ate um 10%.

Objetivos

A falência com o uso de colistina endovenosa para conseguir a esterilização de liquor nos fez decidir pela terapia combinada com o uso de colistina intratecal.

Caso

Paciente feminina de 17 anos, portadora de hidrocefalia por estenose do Aqueduto de Sylvius, diagnosticada com sete anos de idade desde 2011, acompanhada pela hidrodinâmica da neurocirurgia do HCFMUSP, sendo submetido desde então a 16 precedimentos de colocação e troca de derivações ventrículo peritoniais, atriais e derivações ventricular externas a ultima internação por obstrução da derivação ventrículo peritoneal admitida na unidade de terapia intensiva, por rebaixamento do nível de consciência,vômitos, cefaleia diagnosticada de hidrocefalia aguda, realizados coleta de liquor com crescimento de cândida albicans tratada com anfotericina B, foram feitas quatro derivações ventriculares externas por falta de comunicação do sistema ventricular, paciente apos 3 semanas evoluiu com sinais de nova sepse feito coleta de liquor crescimento de acinetobacter baumannii em derivação frontal direita, frontal esquerda e temporal direita, tratado com colistina E, 12 dias após novo liquor com prevalência do acinetobacter baumannii na derivação temporal direita e temporal esquerda mantida com colistina endovenosa ate 21°dia, onde apos novo episodio de choque séptico optamos por adicionar colistina E intratecal 2,5 mg em cada derivação fazendo 10mg dia , nossa paciente fez 46 dias de colistina Endovenosa e 21 dias de colistina intratecal, apos esterilização do liquor feita derivação ventrículo peritoneal, alta em glasgow 15 da UTI e logo alta hospitalar.

Conclusões/Considerações finais

- Colistina endovenosa se mostra insuficiente para erradicar acinetobacter baumannii em infecções do sistema nervoso central.
- A utilização de colistina E, foi pelo relato de menores efeitos colaterais como convulsões e meningite química.
- Alcançamos a esterilização do liquor em 14 dias, porem continuamos mas 7 dias.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Silvia Mónica Cárdenas Prado, Walter Nelson Cartagena, Teresa Lola Peña Soria Zugaib, Antonio Almeida Chagas Filho, João Barata Nunes